Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

SindSaúde: Rollemberg promove desmonte no Samu. Ambulâncias podem parar por falta de pessoal

Quinta, 9 de fevereiro de 2017
Do SindSaúde
Agora, as ambulâncias só terão UM profissional de enfermagem e um motorista
Sem a menor vergonha na cara, a subsecretária de Gestão de Pessoas, Jaqueline Carneiro, toma mais uma decisão absurda. As ambulâncias do Samu só contarão com dois tripulantes: o motorista e um profissional de enfermagem. Antes, as equipes eram compostas por pelo menos dois técnicos ou enfermeiros, seguido resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Não precisa ser expert no assunto para entender que essa é a quantidade aceitável para um atendimento eficaz, já que um servidor não consegue remover o paciente sozinho e o motorista não pode tocar no paciente.
Não é mais de se espantar que Rollemberg e sua equipe use de artimanhas para se aproveitar de brechas na lei. O argumento da SES é que a medida tem respaldo em portaria do Ministério da Saúde. Eles só esqueceram de dar atenção à parte que diz que esse é o número MÍNIMO da tripulação. E o SindSaúde explica: essa norma é para que a ambulância não seja fechada quando, por exemplo, tivermos dois técnicos de enfermagem escalados e um deles entrar de atestado médico. Ou seja, isso não deveria fundamentar o redimensionamento de profissionais comandado pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas (SUGEP).

“Jaqueline trata o povo com desdém. Será que ela trataria o familiar dela da mesma forma? Eles querem fazer a SES funcionar de qualquer jeito, sem seguir os parâmetros e as resoluções que preservam a vida humana e a condição de trabalho dos profissionais de saúde. Também o que podemos esperar de alguém que é uma paraquedista e não entende nada de Saúde? Vamos denunciar ao MP e à Justiça para proteger a vida do cidadão e as condições de trabalho dos servidores“, afirma Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.

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 Documento encaminhado pela DIURE

Documento encaminhado pela DIURE

A verdade é que o Samu-DF perdeu o repasse de 817,2 mil mensais do Ministério da Saúde porque o governador não prestou contas, não cuidou da manutenção de veículos e não divulgou o índice de atendimento. Com isso, o DF deixou de receber mais de R$ 9 milhões nos últimos 11 meses. Isso é incompetência ou má fé? Para o SindSaúde, não passa de um plano diabólico de sucateamento do serviço público para terceirizar e lucrar em cima de contratos.

É por essas e outras que seguimos na campanha #TodosContraRollemberg