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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 9 de março de 2017

Atuação dos distritais Ricardo Vale e Rafael Prudente sob suspeita do MPDFT

Quinta, 9 de março de 2017

Para o órgão, Ricardo Vale (PT) e Rafael Prudente (PMDB) agiram para atrapalhar as investigações da CPI dos Transportes na Câmara e para beneficiar os caciques dos respectivos partidos. Ambos podem ser denunciados por prevaricação.

Por HELENA MADER e ANA MARIA CAMPOS-Correio Braziliense

Blog do Sombra
Atuação de distritais sob suspeita do MPDFT

"O MP quer que a gente pague cestas básicas por conta do entendimento acerca do relatório final na CPI dos Transportes. O Ministério Público questiona o meu voto em uma comissão? Isso é um absurdo. O voto foi preparado pela equipe técnica, com base em pareceres do próprio Judiciário, tudo dentro da legalidade" Ricardo Vale (PT).

A atuação dos deputados distritais Ricardo Vale (PT) e Rafael Prudente (PMDB) para brecar as investigações da CPI dos Transportes motivou a abertura de um inquérito que tramita no Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Interceptações telefônicas indicaram que, como integrantes do colegiado, os parlamentares tentaram atrapalhar as apurações da comissão a fim de blindar os respectivos partidos. O Ministério Público do DF e Territórios, responsável pela investigação, analisa se os dois políticos cometeram crime de prevaricação. Como a pena é baixa, o órgão ofereceu uma transação penal para extinguir o caso. A defesa dos acusados ainda analisa a proposta.

O processo do Conselho Especial segue sob sigilo, porque inclui gravações de conversas telefônicas. A investigação sobre o caso começou em janeiro do ano passado, quando a Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decap) realizou uma operação em busca de provas de irregularidades na licitação do transporte público da capital federal. A concorrência pública para a renovação do sistema ocorreu em 2012, durante a gestão de Agnelo Queiroz (PT) e Tadeu Filippelli (PMDB), e sofreu questionamentos do MPDFT. No ano passado, a Justiça determinou a suspensão da licitação por indícios de ilegalidades no processo de contratação de empresas.