Quarta, 16 de março de 2017
Do SindSaúde
"Nenhum servidor do Hospital de Base terá perda salarial ou de gratificações", garantiu Humberto Fonseca, secretário de Saúde, aos servidores. Na última quinta-feira (16), o medo da retirada de conquistas e a incerteza de como será a administração foram algumas das perguntas dos profissionais ao governo.
Mais uma vez o governo tenta lubridiar os servidores da Saúde com o discurso de que o novo modelo não terá um manual próprio de contratação e gestão de pessoas. “Todos nós sabemos como vai funcionar. Funcionários celetistas devem ocupar o quadro do hospital, assim como funciona em todo Instituto. Ou agora, o secretário lançou um modelo inovador?”, questionou Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
“Não há motivos para ter medo. Todos os direitos estão assegurados”, essa foi a resposta mais usada pelo secretário durante a sabatina. Os servidores questionaram a todo instante essa garantia, uma vez, que o funcionário público sendo transferido perde todas as suas gratificações de acordo com a lei 840/11. Ou seja, mais um retrocesso no direito dos trabalhadores.
Marli aponta para a desvalorização do profissional. “O GDF pode falar o que quiser, mas sabemos que na prática os atuais servidores sofrerão com a mudança. Não haverá mais nomeações e a Saúde de qualidade precisa ser 100% SUS”, ponderou.
Humberto ainda ressaltou que a Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos na administração pública, deve ser revista o quanto antes uma vez que é ultrapassada e “atrapalha os processos de compra”.
Mas para o SindSaúde transformar o HBDF em instituto de portas abertas é uma grande utopia. “Sabemos muito bem como funciona o Sarah. Há uma falsa impressão de que ele funciona a mil maravilhas, mas o acesso é restrito a poucos pacientes e os trabalhadores de lá amargam péssimas condições de trabalho e salário, como tantas vezes o sindicato já denunciou, lembrou Marli Rodrigues.
Participaram também da conversa o secretário-Adjunto de Assistência à Saúde, Daniel Seabra Resende Castro Correa, os diretores Geral do Hospital de Base, Júlio César Ferreira Junior e o Administrativo, Thiago Santos Martins Alves.