Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 18 de março de 2017

Negócios, Política e Corrupção: Três gerações da Odebrecht (Norberto, Emilio e Marcelo) e a face oculta de um império revelada em três anos da Lava Jato

Sábado, 18 de março de 2017
Do Blog Bahia em Pauta

Depoimento de Emílio Odebrecht
ao juiz Sergio Moro…

…respinga na memória de Norberto.
ARTIGO DA SEMANA
Odebrecht: “escola de corrupção da Bahia para o mundo”
Vitor Hugo Soares
“Ninguém vê, ninguém fala nem impugna,/ e é que quem o dinheiro nos arranca,/ Nos arranca as mãos, a língua, os olhos.// Esta mãe universal,/ Esta célebre Bahia/ que a seus peitos toma e cria,/ os que enjeita Portugal”… (Versos do soneto “Senhora Dona Bahia”, de Gregório de Matos Guerra, o poeta lírico, religioso e satírico do Sec. XVII em Salvador, apelidado de Boca do Inferno.

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Desculpem o mau jeito, mas é inevitável a recordação de Gregório de Matos, nestes dias infernais de março de 2017. Mais ainda, na sexta-feira, 17, em que a Operação Lava Jato completa três anos de vida e atravessa situação crucial em seu desempenho e para sua indispensável continuidade. No meio do furdunço político causado pela lista de Janot, com os frutos da delação premiada dos donos do grupo Odebrecht (e de alguns dos principais ex-executivos do “polvo insaciável”) .

Conteúdo que o Procurador Geral da República mandou despejar – irônica e simbolicamente conduzidos em carrinhos de mão – na sala com estrutura da caixa – forte do Supremo Tribunal Federal, sob as vistas e vigilância da ministra presidente da Corte, Cármen Lúcia. Símbolos referenciais para todos os lados e para todos os gostos, já se vê. E a sátira do século XVII, ferina, bem humorada e atual, para nos ajudar a entender o lugar onde aportou a “máquina mercante”, agora governado pelo petista Rui Costa ( apontado no noticiário das últimas horas como um dos mandatários regionais citados na lista de Janot), e o País sob o comando de Michel Temer e seu PMDB, nos dias que correm.