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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 13 de março de 2017

No Sinpro, parlamentares debatem reforma da Previdência e PDE

Segunda, 13 de abril de 2017
Do Sinpro/DF
Parlamentares do Distrito Federal participaram de um debate, na sede do Sinpro, sobre o Plano Distrital de Educação (PDE) e a reforma da Previdência – temas que norteiam a Greve Geral Nacional da Educação, por tempo indeterminado, a partir da próxima quarta-feira (15/3).

A atividade ocorreu na manhã desta segunda-feira (13/3) e, para tal, foram convidados os 24 deputados distritais, os oito deputados federais e os três senadores do DF.
O distrital Wasny de Roure (PT) lembrou que o momento é adverso no plano local, mas que a greve será vitoriosa. “O governo do DF tem dificuldade para ouvir; está numa posição ‘cristalizada'”, disse. O parlamentar enfatizou que será necessária “uma ampla mobilização social, não apenas dos professores, mas da sociedade. Wasny lembrou do debate que será realizado na Câmara Legislativa e defendeu o tratamento diferenciado entre homens e mulheres e a manutenção da aposentadoria especial para o magistério nas regras previdenciárias.
Para Chico Vigilante (PT), o governo federal monta “armadilhas e ilude as pessoas com o discurso de que o país está quebrado para justificar reformas danosas aos trabalhadores. No caso da Previdência, a solução é a derrubada da PEC no Congresso”, afirmou. Chico reforçou que o governador Rollemberg adere a este ideário e “tenta implantar aqui no DF as mesmas medidas antipopulares, contra os trabalhadores, que retiram direitos”. Para ele, é preciso ir às ruas combater e denunciar os autores dessas reformas.
“A população não se aposentará no Brasil e a categoria docente, formada em sua maior parte por mulheres, será penalizada duas vezes”, disse a deputada federal Érika Kokay (PT). “Montaram um projeto de Brasil que, na verdade, representa a ausência de um projeto de país, de nação, de desenvolvimento nacional. Querem destruir os espaços públicos de construção coletiva, atacando a educação e os educadores com a reformas previdenciária e trabalhista. Mas estamos em movimento para barrar esses retrocessos”, afirmou.
O senador Hélio José (PMDB) enfatizou a disposição de luta do Sinpro e seu peso na história política do DF. Vice-líder do PMDB no Senado, Hélio assegurou que 2/3 da bancada não votam na PEC da Previdência do jeito que ela está.
De acordo com o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, a hora é de intensificar a luta, fazer o enfrentamento e “trazer as pessoas para o nosso lado”. Na mesma linha, o secretário-geral da entidade, Rodrigo Rodrigues, destacou que o governo federal não tem legitimidade para encaminhar reformas, mas os parlamentares têm que ter compromisso. “Eles [parlamentares] têm responsabilidade nisso e devem se posicionar e votar contra esses projetos que visam a retirar direitos”.
Os deputados distritais Cristiano Araújo (PSD), Reginaldo Veras (PDT) e Chico Leite (Rede), assim como os federais Izalci (PSDB) e Roney Nemer (PMDB) enviaram representantes e se colocaram à disposição da categoria para discutir a pauta da greve. Todos os presentes receberam do Sindicato uma carta fundamentando a posição do Sinpro sobre a adesão à greve nacional.
Os demais parlamentares não compareceram ao evento e nem enviaram representantes.