Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de março de 2017

OSs: oferecida denúncia contra 8 envolvidos em fraudes na Universidade Estadual de Goiás

Sexta, 10 de março de 2017
Do Ministério Público do Estado de Goiás
Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
Material apreendido no dia em que foi deflagrada a operação
Os denunciados Marcelo Henrique dos Santos, Adair Antônio de Freitas Meira, Luiz Antônio Arantes, Francisco Afonso de Paulo, Antônio Fernandes Júnior, Lucas Vieira da Silva Meira e Lívia Baylão de Morais estão sendo acusados dos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e dispensa indevida de licitação.A desembargadora Elizabeth Maria da Silva promoveu, nesta quarta-feira (8/3), a autuação da denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás na segunda-feira (6/3) contra os oito envolvidos em crimes que acarretaram prejuízo à Universidade Estadual de Goiás (UEG) em valor superior a R$ 10 milhões. A magistrada determinou ainda o levantamento do sigilo da peça processual, mantendo a restrição de acesso aos autos. As medidas cautelares diversas da prisão foram mantidas em relação a todos os denunciados.

Conforme detalhado na denúncia o esquema era liderado por Adair Meira, que é dirigente de várias entidades de terceiro setor e sócio proprietário de inúmeras empresas privadas. Desse modo, ele atuou para que R$ 10 milhões da UEG fossem ilegalmente transferidos para a Fundação Universitária do Cerrado (Funcer), atualmente Funser, a qual ele presidia.
Adair ocupou ainda a presidência do comitê de gestão administrativo-gerencial, na intervenção promovida pela 9ª Promotoria de Justiça de Anápolis, que é responsável pela curadoria de fundações e entidades do terceiro setor, e da qual o promotor Marcelo Henrique dos Santos é titular.
Adair foi auxiliado ainda pelo então reitor da UEG, Luiz Arantes e, à época gerente de contratos da UEG, Francisco Afonso. O grupo contava ainda com a atuação da advogada Lívia Baylão, que era responsável por orientar, participar de reuniões e por confeccionar, de fato, a maioria dos documentos solicitados pela organização criminosa para o funcionamento dos esquemas ilícitos.
Colaboraram também com a organização o denunciado Antônio Fernandes, conhecido como “Toninho”, braço direito de Adair e que, além de ter desempenhado a função de administrador-gerente na Funcer, no início da intervenção administrativa promovida pela 9ª Promotoria de Justiça da comarca de Anápolis, também sucedeu, a partir de 10 de maio de 20125, o denunciado Adair Meira na presidência da instituição e, atualmente, ainda ocupa o cargo da presidência. Por fim, integrava o grupo o denunciado Lucas Vieira, filho de Adair. 
Já o advogado e servidor da UEG Carlos Neuclimar Vieira deu um parecer jurídico favorável a convênio articulado pelo grupo, com data retroativa.
Assinam a denúncia o procurador-geral de Justiça Lauro Machado Nogueira, e os integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Walter Tiyozo Linzmayer Otsuka, Mário Henrique Cardoso Caixeta e Juan Borges de Abreu. Confira aqui a íntegra do documento. (Texto: Assessoria de Comunicação Social do MP-GO - fotos: João Sérgio)