Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 4 de março de 2017

SILÊNCIO NOS DOIS PODERES — Operação Drácon: Celina quis saber sobre encontro de Vigilante com Paulo Octávio

Sábado, 4 de março de 2017
Sábado, 4 de março de 2017
Celina sugere que se verifique o e-mail do petista para descobrir com quem ele se encontrava e citou, por exemplo, Paulo Octávio

Fontes:
Por Ana maria campos-Eixo capital/Correio Braziliense/Foto: Diário da Ceilândia
Blog do Sombra

A relação do deputado Chico Vigilante (PT) com o empresário e ex-vice-governador Paulo Octávio era um dos temas de interesse da deputada Celina Leão (PPS), segundo indicam os diálogos gravados pelas escutas ambientais da Operação Drácon. Na conversa com uma ex-assessora de Vigilante, Celina sugere que ela verifique o e-mail do petista para descobrir com quem ele se encontrava e citou, por exemplo, Paulo Octávio. Elas conversam sobre o apoio de Vigilante na inauguração do shopping JK, de propriedade do empresário, que sofreu contestações do Ministério Público do DF.


Esclarecimento na justiça

O deputado Chico Vigilante (PT) pretende ingressar com uma interpelação judicial contra a ex-servidora de seu gabinete que esteve com a deputada Celina Leão (PPS) para apresentar denúncias.

De olho na delação de Sacha Reck

Uma das mentoras da CPI dos Transportes, Celina Leão também acompanhava com interesse os possíveis desdobramentos da delação do advogado Sacha Reck ao Ministério Público do Paraná. Reck atuou como representante das empresas que disputaram a licitação para o transporte público do DF e prestou depoimento na CPI da Câmara Legislativa, mas deixou muitas dúvidas nos investigadores. Celina é autora da ação que anulou a concorrência por irregularidades no processo de seleção das empresas de ônibus. O processo está em grau de recurso no Tribunal de Justiça do DF. Num dos diálogos, gravados na Operação Drácon, ela aposta que a delação do advogado atinja políticos do DF.

Silêncio nos dois poderes

Depois de uma semana de repercussão sobre os áudios da Operação Drácon, os chefes dos poderes Executivo e Legislativo evitaram fazer qualquer comentário sobre o teor das gravações. Depois de passar o carnaval com a família na fazenda, Rodrigo Rollemberg (PSB) retomou sua agenda na quarta-feira e evitou qualquer pronunciamento sobre o caso. O episódio em que o governador teve o celular clonado foi um dos temas de investigação conduzidos por Celina Leão (PPS), com a ajuda de dois policiais civis. O presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), também não se pronunciou. Assíduo na Casa, ele não presidiu a sessão de quinta-feira, quando as escutas despertaram debates no plenário. Os dois, no entanto, acompanham os desdobramentos do episódio com interesse. À distância.

Deputados de base do governo

Rodrigo Rollemberg tem dificuldades para entrar no debate da Operação Drácon. O governador trabalha para construir uma bancada parlamentar de apoio na Câmara Legislativa. Um dos deputados que teve as conversas gravadas, Cristiano Araújo (PSD), acaba de entrar na base. Júlio César (PRB), outro alvo das escutas ambientais, integra o grupo que apoia o Executivo.

Nem morde, nem sopra

Já Joe Valle (PDT) teve o apoio de Celina Leão (PPS) na sua eleição para a Presidência da Câmara Legislativa. Ele não deve protegê-la, mas também não quer atacá-la.

Solidariedade petista


A deputada Érika Kokay (PT) foi solidária com o correligionário Chico Vigilante na sessão que abriu os trabalhos da Câmara Legislativa depois do carnaval. Ela esteve no plenário para acompanhar os discursos sobre os desdobramentos da divulgação de gravações em gabinetes de distritais.