Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 8 de abril de 2017

Aélia Capitolina, região de conflitos permanentes e origem da Cristandade

Sábado, 8 de abril de 2017
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Por Vicente Vecci*

Essa era a antiga denominação da região da Palestina, para fins de governo do antigo império romano que lá chegou 63 anos antes da era cristã. Mas o termo atual, originou-se  do nome que os gregos davam  a uma região justa-linear ao Mediterrâneo, estendendo-se desse mar até  o território  oriental da Síria,  do Líbano atual  até às proximidades do Mar Vermelho. É considerado um dos lugares do planeta mais remotamente habitados pelo homem. Há estimativas de 90 séculos de ocupação contínua, segundo pesquisas  pela idade radiométrica de achados arqueológicos.
Desde quando começou a civilizar-se, sempre foi um local de conflitos, permanecendo até os dias atuais com atividades terroristas e bélicas do estado islâmico, palestinos e judeus e a  guerra civil na Síria entre rebeldes  e tropas do ditador  Bashar Assad apoiadas pela Rússia, Irã, China, integrando uma irmandade maligna, causadora de  genocídios   e a morte de aproximadamente 400 mil pessoas. O mais recente aconteceu no Noroeste desse país, aonde fortes evidencias apontam utilização de armas químicas, vitimando  em grande escala crianças. Países ocidentais condenaram  esse crime de lesa humanidade e de extrema crueldade.

Os conflitos antigos  eram entram reis provinciais, alguns de origem grega  remanescentes  do império macedônico, deixado por Alexandre. Era também uma região rica e possuía terras férteis para as atividades agrícolas nas diversas províncias como a Iduméia, Peréia, Samária, Judéia, Decápolis, Feníca (hoje Líbano), Batanéia, Gálianítide, e Galiléia. Essa última citada, na era cristã tinha como capital Sefóris, próspera cidade, transformada num centro administrativo pelos romanos. Foi  governada por  Herodes Antipas, preposto da Roma Antiga. Foi lá que nasceu  o Precursor do cristianismo Jesus, nome de origem grega, oriundo do aramaico Yeshua. Segundo o Novo Testamento e fontes históricas, Jesus era filho de Maria. E sua família morava em Nazareth, a dois quilômetros do Lago Tiberíades que antes desse nome romano, os hebreus chamava-o de Mar da Galiléia ou lago Genezarete. Geograficamente é  um segmento do rio Jordão que forma  o lago e depois continua até desaguar no Mar Morto. A curta vida de Jesus passou-se em grande parte nas margens desse lago de água doce com 10 km de  largura e 20 Km de comprimento, nessa época, margeado de vários núcleos habitacionais e povoações   históricas. Três de seus apóstolos  foram recrutados entre os pescadores desse lago, respectivamente Pedro, André e  João. Daí a importância da irradiação espiritual  positiva proveniente dessa região que, sem os recursos que a mídia globalizada tem hoje, atravessou fronteiras distantes, quebrou tabus e mitos e contribuiu para a humanização do planeta. A celebração natalina é uma das consequências  dessa fonte.

Contudo existe um paradoxo:  o teor  principal da mensagem  vindo de lá, que é  amar  o próximo como a ti mesmo, não tem  sido praticado em grande escala  nessa região  desde a época   dessa irradiação até os tempos atuais. Lá os conflitos com  mortes  são permanentes e distantes de soluções.  E  aí então é  que fica uma indagação: se  na região que nasceu Aquele que melhor  incorporou  e personificou o Cristo Universal  e originou-se o cristianismo, não se consegue praticar  prioritariamente a Sua mensagem, imagina-se como deve estar a vida  noutros cantos do planeta. Basta lembrar dos países pobres da África onde o radicalismo islâmico chacina inocentes e as que  ocorreram na Europa   como aconteceu  na  Bósnia, onde as causas foram motivadas pelas imposições de etnias e/ou  ambições materiais e políticas. Refletindo, tudo isso tem como pai o egoísmo que deixa marginalizado  os ensinamentos  vindo há vinte séculos da antiga Aélia  Capitolina, cuja máxima  nos ensina que, independente  de raças, cor,  línguas e fronteiras, somos todos irmãos.

Infelizmente, segundo a filosofia cósmica, o príncipe   desse mundo (ego) reina em muitas regiões, e, até  mesmo dentro de nosso lar. E é preciso de muita luz para  eclodir seu  império. Luz essa  que  é procedente  do  Ente Supremo,  quando nós abrimos  voluntariamente um portal em nosso  sistema nervoso central para receber essa  luminosidade. Deve-se então, depois,   direcioná-la  para fora, e  a chave para essa operação bélica  espiritual nos foi dada   pelo  Nazareno
Vicente Vecci edita em Brasília-DF há 33 anos o  Jornal do Síndico (www.jornaldosindicobsb.com.br
e-mail sindico@jornaldosindicobsb.com.br )