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(Millôr Fernandes)

sábado, 22 de abril de 2017

Delator confirma que Via integrou esquema no aeroporto de Goiânia

Sábado, 22 de abril de 2017
Ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht afirma que consórcio formado pelas duas empreiteiras teria pago 3% de comissão a partidos.
 
Por Larissa Rodrigues-Metrópoles
 
A Via Engenharia não está citada apenas nas delações dos executivos da Odebrecht sobre grandes projetos erguidos no Distrito Federal e que bancaram campanhas de políticos como os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT). O modelo em suspeição pela Lava Jato formado pelas duas empresas foi repetido também fora do território brasiliense. O nome da construtora candanga aparece em depoimentos relativos a irregularidades em licitações e pagamento de caixa 2 na obra do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
 
Segundo o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o consórcio formado pelas duas empreiteiras em 2004 teria pago 3% de comissão para as campanhas de PT e do PTB em troca da obra. O delator afirma que 60% do empreendimento no Santa Genoveva ficaram a cargo da Odebrecht e 40% com a construtora de Brasília. Benedicto diz que a propina foi paga “na proporção” de cada empresa.
 
A exigência, segundo o ex-presidente de Infraestrutura da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, teria sido feita em 2003 por Carlos Wilson Rocha, então presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e ex-deputado petista, que morreu em 2009.