Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 23 de abril de 2017

Estudo que defendeu Centrad na gestão Rollemberg foi considerado peça de lobby e motivou demissão de seu autor

Domingo, 23 de abril de 2017
Extinta pasta de Gestão Administrativa afirmava que GDF economizaria recursos com mudança, mas Secretaria de Planejamento contestou cálculos
 
Por Lilian Tahan e Manoela Alcântara/Giovanna Bembom/Metrópoles
 
O governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), que hoje tenta evitar qualquer manifestação pró-Centro Administrativo do DF (Centrad), já teve quem o defendesse oficialmente. Uma nota técnica obtida pelo Metrópoles e assinada por três servidores da extinta Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização (Segad) orientava, em 2015, a mudança imediata de 13 mil servidores para o endereço em Taguatinga — empreendimento que, agora se sabe, foi erguido sob os pilares da corrupção.
 
Logo após ser apresentado, no entanto, o documento foi questionado pela secretária de Planejamento, Leany Lemos, e desconsiderado. Desconfia-se que o autor do estudo tenha feito lobby e atuado em favor do consórcio formado pelas empresas Odebrecht e Via Engenharia para erguer o complexo.

Leia a íntegra aqui ou aqui 

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Comentário do Gama Livre: Precisa ser pouco atento para as coisas que acontecem no Distrito Federal para não saber —na pior das hipóteses, não desconfiar— que por baixo (e por cima e pelo meio) das "grandes" obras corria um amazônico rio de propinas, de corrupção.

Se no Cetrad há um volumoso mar de corrupção, no elefante branco chamado Mané Garrincha se joga, quando se joga, em cima de um piso de grama também de propinas.

E no VLP, Veículo Leve sobre Pneus —que para sofisticar chamam pernosticamente de BRT (Bus Rapid Transit), que de rápido, eficaz, eficiente, muita coisa não tem— aquelas geringonças com motor na frente e a maioria dos passageiros se espremendo em pé, corre sobre uma via recheada de propinas e negociatas.

É a propina, irmão!