Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 14 de maio de 2017

As etapas da decadência petista

Domingo, 14 de maio de 2017

Do Blogue Náufrago da Utopia

Primeiro, rejeitaram a revolução socialista, pois era coisa de utópico

Depois, decidiram criar um partido político, pois a luta só pode acontecer dentro dos marcos da democracia burguesa. 

Mais pra frente, concordaram em aceitar dinheiro do capital, pois não fazê-lo seria sectarismo e coisa de gente ultrapassada. 
Em algum momento concluíram que era preciso fazer alianças com os partidos da ordem burguesa, pois só assim seria possível chegar ao tão almejado poder. 

Em seguida, resolveram que fazer reformas no capitalismo era papo de doido, coisa de gente romântica. O lance era fazer o país crescer e não deixar o povo morrer de fome.
Mais um tempo se passou e avaliaram que era suficiente o trabalhador poder comprar uma geladeira e um carro. Pois, afinal, o carro é o símbolo máximo de emancipação do ser humano moderno.
"Agora não são mais nada"
Em certo momento, no meio disso tudo, decidiram mandar a ética às favas, pois "o mundo é assim mesmo, o que podemos fazer?".

Noutro momento mais adiantado, resolveram que a verdade também era coisa de gente alucinada, o importante era apenas o projeto. 

Por fim, abandonaram o projeto, era muita metafísica para eles. Muito romantismo.

Hoje, grande parte deles está na prisão e os que estão fora apenas contam os dias para também chegarem lá. 

Mas, é bom lembrar, tudo começou lá atrás, quando rejeitaram a luta anticapitalista e acreditaram piamente que conseguiriam domar o indomável. Foram tragados, digeridos e cuspidos. Agora não são mais nada. (por David Emanuel De Souza Coelho)