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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Conselho Federal de Economia, Cofecon, pede afastamento de Temer e suspensão das reformas

Quarta, 31 de maio de 2017
Da IstoÉ
O Conselho Federal de Economia (Cofecon) pediu nesta terça-feira, 30, o afastamento do presidente Michel Temer do cargo e a suspensão da agenda de reformas que tramita no Congresso Nacional. Em nota sobre o agravamento da crise, a entidade defende eleições diretas para presidente da República.

O Cofecon alerta na nota que a permanência de Temer no cargo e a possibilidade de uma eleição indireta de um novo presidente manterão a economia brasileira “na UTI” nos próximos 18 meses. Para a entidade, haverá retração dos investimentos e a consequente ampliação do desemprego, “Fomentando a desesperança e ampliando o risco de explosão do caldeirão social”.


“Portanto, afastar Temer, sustar a agenda de “reformas” e realizar eleições diretas são passos indispensáveis para a tão desejada retomada do crescimento econômico”, diz a nota, assinada pelo presidente do Cofecon, Júlio Miragaya.

O Conselho, que já vinha se posicionando de forma crítica sobre as reformas propostas pelo governo Temer, destacou que nos últimos dez dias, novos e graves fatos surgiram: 

a) a liberação, pela Procuradoria Geral da República, em 20 de maio, da íntegra da gravação da conversa entre Temer e Joesley Batista, da JBS; 

b) a entrevista do presidente ao jornal Folha de S.Paulo em 22 de maio, reconhecendo o teor da gravação; 

c) a “Marcha dos 100 mil” em Brasília, em 24 de maio, contra as reformas; 

d) os 13 pedidos de impeachment de Temer já impetrados, em especial o da OAB em 25 de maio;

e) o ato com 150 mil manifestantes no Rio de Janeiro, em 28 de maio, pelo impeachment e pelas Diretas Já. “Tratam-se de fatos que aprofundaram ainda mais a crise político-institucional, com consequências negativas para o cenário econômico”, diz a entidade na nota.