Terça, 23 de maio de 2017
Segundo o Ministério Público Federal, as
investigações se baseiam na delação premiada de três executivos da
Andrade Gutierrez: Rogério Nora de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto e
Flávio Gomes Machado Filho.
Por Helena Mader-Marcelo Ferreira/CB.Poder
Blog do Sombra
Além dos ex-governadores José Roberto Arruda, Agnelo Queiroz, e do
ex-vice-governador Tadeu Filippelli, a Operação Panatenaico, deflagrada
pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, teve mandados de prisão
contra os ex-presidentes da Novacap Maruska Lima e Nilson Martorelli, o
ex-secretário Extraordinário da Copa do Mundo Cláudio Monteiro, os
empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva Andrade, e o dono da
construtora Via Engenharia, Fernando Márcio Queiroz.
A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão nos
escritórios de advocacia de Wellington Medeiros e de Luís Carlos
Alcoforado, além de apreender documentos nas residências de todos os
investigados com mandados de prisão. Os dois advogados foram conduzidos
coercitivamente para prestar depoimentos.
O blog teve acesso à decisão da Justiça Federal que determinou a prisão
dos ex-governadores. O Ministério Público Federal pediu ainda que fosse
decretada a indisponibilidade dos bens dos investigados. A Justiça
Federal concedeu a medida nos casos de Arruda, Agnelo, Filippelli,
Mariska, Nilson Martorelli, Sérgio Lúcio Silva de Andrade, Afrânio
Roberto de Souza Filho, Cláudio Monteiro, Fernando Márcio Queiroz e da
empresa Via Engenharia. Mas a Justiça negou a indisponibilidade dos bens
de José Wellington Medeiros, Luís Carlos Alcoforado e de Alberto Nolli
Teixeira.
Segundo o Ministério Público Federal, as investigações se baseiam na
delação premiada de três executivos da Andrade Gutierrez: Rogério Nora
de Sá, Clóvis Renato Numa Peixoto e Flávio Gomes Machado Filho. Eles
revelaram que a concorrência licitatória para a obra do estádio teria
sido forjada para que o consórcio formado pela Via Engenharia e pela
Andrade Gutierrez vencesse a concorrência pública. Arruda, Agnelo e
Filippelli receberam propina, segundo os delatores da empreiteira.
A prisão dos acusados é temporária, com prazo de validade de cinco
dias, prorrogáveis. O blog conversou com o advogado de José Roberto
Arruda, Paulo Emílio Catta Preta. Ele afirmou que ainda não teve acesso à
decisão e acompanhou as buscas na casa do ex-governador, no Park Way.
“Só tivemos acesso ao mandado, não à decisão completa. Por isso, não
posso me manifestar ainda”, explicou. Os advogados de Agnelo e de
Filippelli ainda não foram localizados.