Terça, 30 de maio de 2017
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu hoje
(30) separar as investigações sobre o presidente Michel Temer e o
senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), abertas a partir do acordo de
delação premiada da JBS. Com a decisão, o inquérito tramitará de forma
separada. Todos os acusados passaram a ser investigados no mesmo
processo no STF porque foram citados nos depoimentos de Joesley Batista,
dono da JBS.
As decisões foram motivadas por pedidos de
desmembramento dos inquéritos pelos advogados de defesa. Na semana
passada, em recurso encaminhado ao Supremo, após ser afastado do mandato
por Fachin, os advogados de Aécio Neves sustentaram que a investigação
não deve permanecer com o ministro e que a decisão do ministro Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo, não poderia ser tomada individualmente,
mas pela Segunda Turma do STF.
De acordo com a defesa de Temer, o
presidente deve responder aos fatos em um inquérito separado porque as
condutas imputadas a ele não têm relação com as acusações contra o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR).