Dinheiro era gerado por vantagens ilegais obtidas
pela JBS no BNDES, durante as administrações de Lula e Dilma; recursos
serviram para bancar despesas do ex-presidente e pagar laranjas
indicados pelo partido.
Por Ricardo Callado/Por Diego Escosteguy-Revista Época
Blog do Sombra
A JBS depositou cerca de R$ 300 milhões em propina devida ao PT numa
conta secreta controlada por Joesley Batista na Suíça, cuja empresa de
fachada, titular oficial da conta, era sediada no Panamá. O saldo dessa
conta de propina era gerado aos poucos, em razão de vantagens ilegais
obtidas pela JBS junto ao BNDES, sempre na gestão do PT – especialmente
nos anos em que Luciano Coutinho presidia o banco. Era uma
conta-corrente de propina dividida, nas planilhas da JBS, entre os
ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. As
informações foram encaminhadas por Joesley à Procuradoria-Geral da
República.
Segundo disse Joesley, o dinheiro era sacado, no Brasil, em nome de
Lula e por ordem de Lula, às vezes por meio de Guido Mantega – e também
em campanhas do PT em 2010 e 2014. Os recursos eram entregues em
espécie, depositados em contas de laranjas indicados pelo partido e pelo
ex-presidente e, também, transferidos oficialmente para contas oficiais
de campanhas. Parte expressiva desse bolo foi usada para comprar o
apoio de partidos pequenos na campanha de Dilma em 2014.