Sexta, 26 de maio de 2017
Para o comando da Casa, como a Justiça decidiu pelo não afastamento dos cinco parlamentares, não caberia à Câmara fazê-lo.
Por Suzano Almeida/Daniel Ferreira/Metrópoles
Blog do Sombra
A portas fechadas, a Mesa Diretora da Câmara Legislativa decidiu
arquivar, nesta sexta-feira (26/5), os pedidos de investigação e
cassação dos mandatos dos deputados distritais réus na Operação Drácon.
Por maioria, o colegiado que comanda a Casa entendeu que, como a Justiça
decidiu pelo não afastamento dos cinco parlamentares, não caberia à
CLDF fazê-lo. É a segunda vez que o pedido foi rejeitado.
Os deputados Raimundo Ribeiro (PPS), Julio Cesar (PRB), Bispo Renato
Andrade (PR), Celina Leão (PPS) e Cristiano Araújo (PSD) são acusados
pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de
terem aprovado emendas parlamentares para a área de saúde em troca de
propina. Ao todo, teriam liberado R$ 30 milhões em recursos, que foram
utilizados para pagar prestadores de serviço de UTI na rede pública.
“Entendemos que não havia fato novo e, por isso, arquivamos os pedidos.
Nosso entendimento é que, ao aceitar a denúncia, a Justiça optou por
não afastá-los. Portanto, nós não o fizemos aqui na Casa também”,
explicou o vice-presidente Wellington Luiz (PMDB), que foi acompanhado
pelo votos de Robério Negreiros (PSDB) e Telma Rufino (Pros).
Único a votar pelo prosseguimento, o presidente Joe Valle (PDT) afirmou
que a Câmara Legislativa, apesar da decisão, tomou posição e deu uma
satisfação à sociedade.