Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A memória de Temer e o WhatsApp

Quinta, 8 de junho de 2017
Temer, o esquecido, brilha no WhatsApp. Veja o que está rolando.

A MEMÓRIA DE TEMER

– Presidente, o senhor viajou para Comandatuba em 2011, num avião de Joesley Batista?

– Não me lembro deste ano.

– É aquele que aconteceu entre 2010 e 2012, se lembra?

– Ah, sim. Agora me lembro. Mas não me lembro desta cidade. Fica onde?

– Na Bahia, se lembra da Bahia?

– Não.

– A terra de Geddel.

– Que Geddel?

– O próximo. Se lembra?

– Ah, sim. Agora me lembro. Mas não me lembro de ter ido de avião.

– É que o diário de bordo do avião, que é particular, registra que o senhor e a família viajaram para Comandatuba em 12 de janeiro de 2011.

– Ah, sim. Agora me lembro. Mas não me lembro de ser avião particular. Não era um avião da FAB? O prefixo era PR. Achei até que fosse Presidência da República.

– Não temos registro de avião da FAB viajando para lá nesse dia.

– Ah, sim. Agora me lembro. Era um avião particular. Era, sim.

– Se lembra de quem era, se lembra de pagar a viagem?

– Não, não me lembro de quem era o avião nem me lembro se paguei. Entrei e saí com tanta pressa que nem perguntei nada.

– Era do Joesley.

– Que Joesley?

– Presidente! O Joesley!

– Brincadeirinha. Sei quem é essa praga. Claro que sei. Mas só vou me lembrar do avião dele depois do julgamento no TSE.

– Entendo, senhor. Quer que anote na agenda para lembrar o senhor de se lembrar da viagem no avião do Joesley?

– Que viagem?