Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Após 10 internações e tratamentos violentos, enfermeira larga o crack com terapia

Quinta, 8 de junho de 2017
Da Ponte
Direitos Humano, Justiça, Segurança Pública


Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
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Leia o depoimento de ex-usuária de crack que há dez anos lida com a dependência química



Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo
Bom dia. Hoje é mais um dia. Eu não estou sozinha, né? Eu tenho problema com drogas, e a minha vida está nas suas mãos. Me ajuda. Eu tenho isso pra fazer hoje, então vamos lá. Obrigada”.
Todos os dias pela manhãos dias pela manhã, sentada na beirada da cama, ela conversa consigo mesma e com a força que a tem ajudado a segurar a barra da dependência química. Hoje é mais um dia, e cada dia se conta, pois há um ano, quatro meses e dez dias ela está “limpa”.
Filha de médicos e nascida na classe média paulistana, essa enfermeira de 38 anos da zona sul de São Paulo já foi internada 10 vezes, todas contra a sua vontade. Ela passou por todo tipo de tratamento, em instituições públicas e privadas, legais e clandestinas, com momentos violentos e cuidadosos. 
“Qualquer tratamento é porrada. Eu não sei se eu sou muito sensível, mas não é só a minha opinião. É totalmente condicionado esses tratamentos, então eles são muito negativos. É assim:  ‘Ah, você não vai fazer isso? Ah, não está afim? Então perdeu a ligação, perdeu a visita da família’”.
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