Segundo ex-executivo da Andrade Gutierrez, empresas indicadas por políticos simulavam contratos para justificarem dinheiro ilícito
Por Pedro Alves-Metrópoles
Blog do Sombra
Os variados caminhos percorridos pela propina desviada de grandes obras do Distrito Federal não se restringiram à entrega de dinheiro vivo em locais inusitados ou doações de campanha na tentativa de “limpar” os recursos. Outro método utilizado por corruptos e corruptores foi assinar contratos de fachada para repassar verba roubada dos cofres públicos. A acusação é de Rodrigo Leite, ex-superintendente regional da construtora Andrade Gutierrez no Centro-Oeste.
Leite afirma que pelo menos dois políticos lançaram mão do expediente: o ex-governador José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB). Eles estavam entre os 10 presos na Operação Panatenaico, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 23. Além de Arruda e Filippelli, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi detido na ação, motivada pelas delações da Andrade Gutierrez. Na quarta-feira (31/5), entretanto, o desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), concedeu liberdade a todos.