Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 11 de junho de 2017

Dono da Viação Pioneira e da Gol diz que pagou propina com aval de Temer

Domingo, 11 de junho de 2017
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna
Denúncia de propina de R$ 10 milhões, feita por Constantino, envolveria, além do presidente Michel Temer, o ex-vice governador, Tadeu Filippelli, o ex-ministro do Turismo, Henrique Alves, o deputado Eduardo Cunha e Gabriel Chalita, hoje no PDT, candidato do PMDB, em 2012, à prefeitura de São Paulo.
Desta vez, Brasília aparece como sendo a origem e não o destino, de propinas que alimentam o mundo político nacional. O valor: R$ 10 milhões. A origem, o empresário Henrique Constantino, filho de Nenê Constantino, um dos fundadores da Gol Linhas Aéreas e da Viação Pioneira, dentre outras. Ele teria dito aos procuradores da República em Brasília ter se encontrado com o presidente Temer após um acerto com o então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O encontro seria pra selar o acordo entre o grupo econômico e o PMDB. Depois da Odebrecht e dos irmãos Friboi, esse é mais um empresário acusa Michel Temer de ter dado a aval a repasse de propina para financiamento de campanhas do PMDB.
A notícia foi publicada nos principais veículos de comunicação do país, no domingo 11/6. Segundo reportagem do Globo, repercutida no portal Brasil 247, Constantino relatou que o peemedebista avalizou uma contribuição ilegal de R$ 10 milhões de suas empresas a políticos do PMDB e a campanhas em 2012, quando era vice-presidente da República.



Chalita
Segundo o jornal Folha de São PauloGabriel Chalita, hoje no PDT, mas em 2012 candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo, teria tido a sua campanha eleitoral reforçada com recursos das empresas de Constantino. Ainda com base no periódico paulista, após a “doação” ao PMDB, a empresa Via Rondon, concessionária de rodovias pertencente a família Constantino teria sido agraciada com um empréstimo da ordem de R$ 300 milhões com recursos do FGTS.

Segundo o portal da Revista Época (vide fac simile), dentre os membros do PMDB beneficiados com os R$ 10 milhões, estaria Tadeu Filippelli. O Grupo de Constantino teria, em contra-partida, atendidas as suas solicitações pelo governos Federal e do DF.
Filippelli
Por sua vez, o portal da revista Época Negócios informa que o então vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), também foi beneficiado pelos pagamentos. A parcela dele teria sido de “pelo menos R$ 1 milhão”, segundo  O Globo, paga mediante a intermediação de um escritório de advocacia da Capital Federal.