Por Vicente Vecci*
Todos os levantes populares que mudaram governos ao
longo da história foram sedimentados no idealismo sadio
com objetivo de alcançar o bem comum que encontrava-se marginalizado.
Esse princípio nasce no seio
das comunidades, encabeçado por
cidadãos que visam a melhoria da qualidade de vida
de seus pares que na maioria das
vezes estava restrita a uma elite social, governamental e opressora. Daí
surgiram as revoluções populares
que mudaram o curso da história. Esses
fatos aconteceram, entre outros, na
antiguidade. No império romano com a
revolta dos escravos liderados por Spartacus e mais adiante veio acontecer no final do
século 19 nas revoluções francesa, norte-americana pela independência e no
século 20, a mexicana, russa, chinesa,
Cubana, e em países da língua árabe. E, no
Vietnã também onde todo o planejamento de guerrilha
do vietcongue que lutou contra a ocupação das tropas norte-americanas
estava concentrado em Saigon, capital do Vietnã do Sul e quartel-general dessa
força imperialista de que lutava contra o Vietnã do Norte, comunista.
Na Índia a revolta contra a ocupação do império
britânico foi diferenciada pela forma de luta. Liderada pelo advogado Mohandas Karamchand Ghandi (foto), os movimentos foram pacíficos, embora repelidos pelas tropas
inglesas. Persistiu até que se conseguiu
a independência.
O maior mérito do idealismo é o
objetivo de cumprimento de metas, sem mudanças de rumos, passando por cima de
obstáculos de todas as formas. O
idealista em qualquer situação não se vende e não pode ser corrompido e nem corrompe. Seu ideal não tem
preço. Não usa máscara quando está em
ação e nem se camufla em partidos políticos ou entidades classistas ou se utiliza do erário.
O idealismo é uma força
metafísica mais eficiente que uma bomba
nuclear. Se seus opositores eliminam
milhares de militantes, surgem depois milhões com a mesma meta e assim em diante. A
história mostra que muitas dessas revoltas populares foram encabeçadas por
intelectuais, profissionais liberais e operários aliados aos demais membros das
comunidades.
Afora disso, o resto é
mercenarismo e radicalismo extremista que trazem prejuízos e danos aos
patrimônios públicos, privado e à sociedade civil. O quebra-quebra recente em Brasília na
esplanada dos Ministérios é um entre
outros, que são exemplos
de radicalismos e quem sabe de
banditismo. Nas nações da língua árabe
(árabe não é determinado país, é uma língua), o radicalismo é praticado como terrorismo e se espalha pela
Europa e outros continentes como na áfrica. No oriente médio é praticado inclusive pelo estado, como acontece na
Síria, onde o governo oprime, persegue e
massacra sua população com apoio de
outros países. O estado Islâmico é o pior exemplo do radicalismo, fundamentado numa teologia de um deus perverso que promete
aos seus adeptos, como recompensa pelos seus
atos de terror na pós morte, uma
vida com luxúria e nababesca.
Vicente Vecci edita há 33 anos em Brasília-DF O Jornal do
Síndico-www.jornaldosíndicobsb.com.br-e-mail sindico@jornaldosindicobsb.com.br