Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Idealismo sem radicalismos

Sexta, 2 de junho de 2017

Por Vicente Vecci*
Todos  os levantes populares que mudaram governos ao longo da história foram sedimentados no idealismo  sadio  com objetivo de alcançar o bem comum que encontrava-se marginalizado. Esse princípio  nasce  no seio  das comunidades, encabeçado  por cidadãos  que visam a  melhoria da qualidade de  vida  de seus pares  que na maioria das vezes  estava restrita   a uma elite social, governamental e  opressora. Daí  surgiram  as revoluções populares que mudaram o curso da história.  Esses fatos  aconteceram, entre outros, na antiguidade. No império romano com a  revolta dos escravos liderados por Spartacus  e mais adiante veio acontecer no final do século 19 nas revoluções francesa, norte-americana pela independência e no século 20, a  mexicana, russa, chinesa, Cubana, e em países da língua árabe. E, no  Vietnã também onde  todo o planejamento  de guerrilha  do vietcongue  que lutou  contra a ocupação das tropas norte-americanas estava concentrado em Saigon, capital do Vietnã do Sul e quartel-general dessa força imperialista de que lutava contra o Vietnã do Norte, comunista.

Na Índia  a revolta contra a ocupação do império britânico foi diferenciada pela forma de luta. Liderada pelo advogado  Mohandas Karamchand Ghandi (foto), os  movimentos foram  pacíficos, embora repelidos pelas tropas inglesas. Persistiu até  que se conseguiu a independência.


O maior mérito do idealismo  é  o objetivo de cumprimento de metas, sem mudanças de rumos, passando por cima de obstáculos  de todas as formas. O idealista em qualquer situação não se vende e não pode ser   corrompido e nem corrompe. Seu ideal não tem preço. Não usa máscara quando está em  ação e nem se camufla em partidos políticos  ou entidades classistas ou se utiliza do erário.  O idealismo é uma força metafísica  mais eficiente que uma bomba nuclear. Se seus opositores eliminam  milhares de militantes, surgem depois  milhões com a mesma meta e assim em diante. A história mostra que muitas dessas revoltas populares foram encabeçadas por intelectuais, profissionais liberais e operários aliados aos demais membros das comunidades.

Afora disso, o resto é mercenarismo e radicalismo extremista que trazem prejuízos e danos aos patrimônios públicos, privado e à sociedade civil.  O quebra-quebra recente em Brasília na esplanada  dos Ministérios é um entre outros, que  são  exemplos  de radicalismos e quem  sabe de banditismo. Nas nações da  língua árabe (árabe não é determinado país, é uma língua), o radicalismo  é praticado como terrorismo e se espalha pela Europa e outros continentes como na áfrica. No oriente médio é praticado  inclusive pelo estado, como acontece na Síria, onde o governo  oprime, persegue e massacra  sua população com apoio de outros países. O estado Islâmico é o pior exemplo  do radicalismo, fundamentado  numa teologia de um deus perverso que promete aos seus adeptos, como recompensa pelos seus  atos de terror  na pós morte, uma vida  com luxúria e nababesca.

Vicente Vecci  edita há 33 anos em Brasília-DF O Jornal do Síndico-www.jornaldosíndicobsb.com.br-e-mail sindico@jornaldosindicobsb.com.br