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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Justiça proíbe que hospital contrate servidores por meio de fundação

 Quarta, 21 de junho de 2017
Do MPF
Sentença também estabeleceu que hospital deve instalar ponto eletrônico
Atendendo a pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), a Justiça Federal determinou que a Universidade Federal do Pará (UFPA) não pode fazer novas contratações para o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza por meio da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp). A sentença também estabeleceu que o hospital deve implantar ponto eletrônico para controle da carga horária dos servidores.
A sentença, que foi remetida para publicação na última sexta-feira (16), entendeu que o hospital feria o princípio da impessoalidade porque contratava mediante indicação de candidatos e seleção prévia apenas por meio de análise curricular, entrevistas e análise de perfil.

Dos 317 funcionários que a unidade possui, 167 foram contratados por meio da Fadesp, em complementação ao quadro efetivo da UFPA, com suporte no contrato firmado entre o hospital universitário e a fundação de apoio em 2011 - com vigência inicial de 24 meses, prorrogado posteriormente até julho de 2014. O quantitativo representa mais da metade do efetivo de servidores do Bettina Ferro (53%).
Com relação ao ponto, o MPF mostrou que a carga horária no Bettina é de 30 horas semanais de trabalho, mas é descumprida por grande parte dos servidores. Alguns trabalham no máximo 20% desse tempo.
O descumprimento da sentença pode levar a Fadesp a pagar multa de mil reais por dia de desobediência à Justiça.
Quanto à implantação do ponto eletrônico, o prazo estabelecido pela Justiça é de 180 dias contados da intimação.