Domingo, 23 de julho de 2017
O texto abaixo foi publicado originariamente no BlogGama Livre às 13h18 do dia 23 de julho de 2017.
Foto ilustrativa: Tania Rego/Agencia Brasil. Clique na imagem para ampliá-la.
Não bastasse o caos implantado na
rede pública de saúde pela gestão Rollemberg e sua equipe, agora se partiu para
um desrespeito explícito contra os servidores, contra os conselheiros regionais
de saúde e, pasmem, contra a própria população.
Os mais recentes episódios na
Região Sul de Saúde, que compreende Gama e Santa Maria, ocorreram na última
quinta-feira (20/7) e tiveram como local o Hospital Regional de Santa Maria
(HRSM).
Vamos a um desses episódios
Acompanhado por, pelo menos, 7
auxiliares gestores, o secretário de saúde do governo Rollemberg, Humberto
Fonseca, esteve no HRSM para reunião com médicos ginecologistas dessa unidade de saúde.
Mas eis que ao ser visto por funcionários
do hospital, uma das servidoras o interpelou sobre quando ele pagaria o
dinheiro das horas extras que o governo está devendo ao pessoal da saúde.
Num misto de arrogância, desprezo,
atitude humilhante, contra os servidores, mas prenhe de sem-gracice, declarou:
— Deixa eu ver se tenho aqui na carteira.
Este é o tipo de dirigente que,
geralmente, temos ao volante da saúde pública do DF. Certamente por isso, é que
a saúde vive de batidas, trombadas, derrapadas, capotadas, sinistros. Fazendo
como vítimas, algumas fatais, pessoas que usam (melhor dizer, tentam usar) os
serviços da rede pública.
E o pior é que diante dessa
piadinha da maior sem-gracice, o chefe Rollemberg nada falou (pelo menos publicamente), quando se
esperaria de qualquer governador a exoneração do secretário, até antes deste
retornar de Santa Maria ao Plano Piloto de Brasília. Verdade que Rollemberg não
estava presente. Mas que soube, soube.
De acordo com informações, a
piadinha sem graça, mas humilhante, produziu, em pelo menos alguns dos 7
auxiliares de sua majestade o secretário, risos. Lamentável esse tipo de
solidariedade ao chefe. Se é que isso possa ser chamado de solidariedade e não
de outra coisa. A seguir uma foto do secretário e seu séquito no HRSM no último
dia 20 de julho.
Clique na imagem para ampliá-la.
Da
direita para a esquerda: Robledo de Souza Leão Lacerda, superintendente
da Região de Saúde Sul; Ismael Alexandrino, Secretário-adjunto de
Gestão em Saúde; José Macedo, diretor do HRG; Humberto Fonseca,
secretário de saúde do DF; Igor Dourado, diretor do HRSM, tendo ao seu
lado Kenisse Dourado, assessora do superintendente da Região de Saúde
Sul; Daniel Seabra Resende Castro Correa, Secretário-Adjunto de
Assistência à Saúde (atrás); e por fim, na extremidade direita, Átilas,
diretor administrativo da Superintendência de Saúde da Região Sul.
Agora
falemos da reunião do último dia 19 do Conselho de Saúde do Gama, que
não passou de um 'panelaço geral'; os conselheiros 'paneleiros' e,
pasmem, o povo 'paneleiro'. A absurda opinião do secretário de Saúde do
governo Rollemberg.
Coisa que começa com uma situação
dessa (o caso do “Deixa eu ver se tenho
aqui na carteira”), não pode terminar em coisa que preste. E terminou sem prestar.
E
acabou em situação deplorável. Em reunião (e paredes tem ouvido, e
celular gravador), ainda no dia 20 de julho, com a equipe médica do
Centro
Obstétrico do HRSM, o secretário de saúde teria feito (segundo as nossas
fontes, ele fez) comentários grosseiros, desrespeitosos, descabidos,
contra o
Conselho Regional de Saúde do Gama, que no dia anterior, 19 de julho,
realizou
uma reunião que, iniciada pela manhã, terminou por volta das 14h27. Esta
reunião aconteceu no auditório do Centro de Ensino Especial do Gama.
Num momento de possível
destempero, disse o secretário na reunião do HRSM que o CO do Gama
seria fechado sim. Era a decisão do governo. Que aquela decisão do dia 19, e
que proibiu o fechamento do Centro Obstétrico do Gama, foi um PANELAÇO. Coisa
de PANELEIROS. Dessa forma, atingidos pelo destempero, foram os conselheiros,
os funcionários, e...o povo presente à reunião.
Entenda o caso
No último dia 19 de julho,
quarta-feira da semana que passou, foi realizada uma reunião importante e
concorrida. Discutiu e DECIDIU sobre
o Centro Obstétrico do Hospital Regional do Gama, o HRG. Tal centro vem sendo já há algum tempo
ameaçado de fechamento pelo governo Rollemberg. O hospital já sofre com o
fechamento definitivo do Pronto Atendimento Infantil (PAI).
Agora era o Centro Obstétrico que
estava (e continua a estar) ameaçado de fechamento. Tal ameaça provocou uma
reunião do Conselho Regional de Saúde do Gama, em que esteve também presentes
muitos moradores. Direito a voz e voto têm os conselheiros que representam o
gestor, o trabalhador da saúde e o usuário dos serviços públicos de saúde. Aos
moradores presentes na reunião, a voz.
A decisão do Conselho Regional de Saúde
Moradores usaram a palavra
questionando os argumentos dos gestores e protestaram contra o fechamento do
Centro Obstétrico do HRG. Os vários gestores, que são também conselheiros, e
que fizeram uso da palavra não conseguiram demonstrar a razoabilidade do cerramento
das atividades do CO. Até argumentos
conflitantes entre eles foram expostos. Já os conselheiros representantes dos
servidores e dos usuários, foram claros, e convincentes ao defenderem a
proibição do fechamento do Centro Obstétrico.
Mas como assinalado mais acima,
direito a voto só tem os conselheiros (representantes do gestor, dos servidor,
do usuário). Como ficava cada vez mais claro que venceria a proposta apresentada ao Conselho pela
proibição do fechamento do Centro Obstétrico do HRG, mesmo no casos que ocorra algum
tipo de manutenção, vários conselheiros do seguimento Gestor, foram caindo fora da
reunião. Os poucos que ficaram, se abstiveram na hora do voto. E a SOBERANA
decisão aprovada pelo Conselho Regional de Saúde do Gama proibiu que se feche o CO. Foi contra essa sensata, e indispensável, decisão que se
insurgiu o secretário de saúde do governo Rollemberg. E que gerou os
comentários feitos no dia seguinte em reunião com a equipe médica do Centro Obstétrico do HRSM.
Duas coisas temos plena convicção até porque lá estivemos e vimos o que aconteceu.
A reunião do Conselho Regional de Saúde do Gama NÃO FOI UM PANELAÇO. Ponto. Os
conselheiros que defenderam e votaram pela proibição de se fechar o Centro Obstétrico
do Hospital Regional do Gama NÃO SÃO
PANELEIROS. Ponto. O povo presente à
reunião também NÃO É PANELEIRO. Ponto!
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