Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 1 de julho de 2017

Provocadores e agressão à imprensa marcam o 30 de junho no Rio de Janeiro (vídeo)

Sábado, 1º de julho de 2017
Da Tribuna da Internet
Roger Mcnaught

A manifestação de ontem, dia 30 de junho, que deveria ter sido uma festa em prol da democracia e em defesa dos direitos do trabalhador não foi como o esperado na caminhada pela Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Diante de uma manifestação numerosa, a ponto de lotar várias faixas da avenida, provocadores infiltrados iniciaram tumultos com manifestantes, imediatamente tendo seu “suporte” dado por homens da polícia militar que prontamente dispararam e agrediram manifestantes em defesa dos provocadores.

Esta situação de tensão desnecessária se repetiu por algumas vezes até que o ato se aproximou da Central do Brasil e um desses provocadores iniciou uma onda de tumultos, incitando e desafiando diversos manifestantes de forma debochada e agressiva. Não satisfeito, o homem identificado como Luiz Sergio Teotonio da Fonseca Melo Júnior se dirigiu a profissionais de imprensa de forma agressiva, agarrando à força uma fotógrafa presente (veja a cena abaixo), seguindo outros membros da imprensa com gestos agressivos, culminando em uma agressão mais séria a um colega que teve seu equipamento destruído e outra parte do equipamento subtraída durante a agressão.


Não bastando as provocações, a todo momento pessoas circulando o provocador tentavam intimidar os presentes com gestos que simulavam armas de fogo.  Inicialmente o provocador se identificou como policial, mas depois descobriu-se ser um lutador profissional que sem motivo aparente estava tentando desestabilizar os profissionais de imprensa que estavam trabalhando durante a manifestação.

Após toda essa provocação e violência desmedida, manifestantes furiosos com tamanha violência gratuita iniciaram manobras de autodefesa e barricadas, incendiando detritos e sacos de lixo por onde passavam.

Vale ressaltar que o ato estava pacífico e ordeiro enquanto os provocadores – anormalmente amáveis com a polícia militar e recebendo de policiais a mesma amabilidade – faziam de tudo para implantar caos e violência, até que manifestantes recorreram à técnicas de defesa como forma de se resguardar de mais provocadores e pessoas violentas estranhas à manifestação.

Embora não seja o bastante diante de tal ataque obsceno contra a liberdade de imprensa, fica o total repúdio à atitude deplorável desse “lutador” que perdeu totalmente a luta pela sanidade, agindo como uma besta totalitária que desconhece os princípios da convivência e do respeito ao próximo e ao trabalho de profissionais que se arriscam diuturnamente para levar a informação à população.

Após essa onda de terror, diversos profissionais de imprensa compareceram à 9ª Delegacia de Polícia (Catete) onde os profissionais agredidos prestaram depoimento. O Sr. Luiz foi liberado e deixou a delegacia com um sorriso irônico, o que aumenta a indignação daqueles que defendem o direito à segurança no trabalho da imprensa.

Provocadores e agressão à imprensa marcam o 30 de junho no Rio de janeiro