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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Governo Rollemberg deixa expelir pus que, carregado com bactérias e fluídos inflamatórios, pode matar

Quinta, 17 de agosto de 2017
Que o caos é geral na rede pública de saúde do DF, todo mundo sabe. Quem diz o contrário, está exercitando o mais elevado grau de fingimento.

E ficou mais uma vez patente, comprovado, o caos no HRSM, o Hospital Regional de Santa Maria. 

Na última segunda (14/8) deu entrada naquela unidade de saúde uma criança de 13 anos. Sentia fortes dores. Foi diagnosticada com apendicite. Mas cadê a cirurgia? No caos da saúde do DF, por falta de médicos para a cirurgia, a criança ficou de segunda até ontem, quarta (16/8), quando às pressas, pois o apêndice supurou, foi carregado pela manhã para o Hospital Regional do Gama, o HRG. Neste hospital, conseguiu enfim ser operado por volta das 11 horas, tendo saído do veículo que o transportou diretamente para a sala de cirurgia.

Houve-se falar muito em apendicite supurada, mas poucos fazem ideia do perigo que é. 

Apendicite supurada significa o rompimento do apêndice inflamado e que traz ao paciente complicações que  podem levá-lo à morte.

Nos casos em que a cirurgia não acontece a tempo, o apêndice supura, isto é, passa a expelir pus, matéria que vem carregada com bactérias e fluídos inflamatórios na cavidade abdominal.

Em casos de supuração do apêndice é enorme o risco de extravasamento de fezes e, também, a ocorrência da terrível peritonite, a infecção generalizada no abdômen.

Pra quem acha apendicite apenas uma doencinha mixuruca, é bom ficar sabendo que se ela chegar ao estágio de peritonite o risco de infecção generalizada pelo corpo é grande. Com a consequente, possivelmente, falência de múltiplos órgão e, mais adiante, a morte do paciente.
Imagem da internet