Segunda, 7 de agosto de 2017
Marli Rodrigues, afirma que essa confirmação é a cristalização do calote consumado
Por Marôa Pozzebom-SindSaúd
Blog do Sombra
Governo Rollemberg anuncia que não irá pagar os reajustes salariais e
incorporações devidas a 33 categorias. Além disso, questiona a validade
das leis, que já foram julgadas constitucionais pelo Tribunal de Justiça
do DF
Não bastasse anunciar o parcelamento de salários dos servidores do DF, o
GDF comunicou com orgulho o aperto no caixa, declarando que não deverá
pagar, em sua gestão, os reajustes e as incorporações, devidas aos
servidores, conforme determinam várias leis.
“Somos o único governo que não criou despesa de caráter continuado”, escarneceu o secretário da Casa Civil, Sergio Sampaio.
A presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, afirma que essa confirmação é a cristalização do calote consumado.
"Como sempre, o governo Rollemberg não cumpre nada. Usam esse discurso
de que os gastos excessivos com pessoal impedem o GDF de investir em
outras áreas, apostanto que, ao lançar mão desse ardil, terá a opinião
pública ao seu lado. Essa é mais uma prova de que eles não entendem nada
de gestão, e usam o servidor como escudo para blindar sua péssima
administração", destacou.
Marli lembra que os embates entre o governo Rollemberg e os servidores públicos vêm desde o início da gestão.
“A postura dele mudou após assumir o governo. Quando senador, foi um
defensor entusiasta da isonomia de 20h para todos. Na campanha, prometeu
valorizar e cumprir os acordos feitos com os sindicatos e a gestão
passada. Ao assumir, adotou postura ditatorial, se negou às negociações e
foi questionar a legalidade das leis que amparam os servidores. Perdeu
por unanimidade. O plenário do TJDF declarou a constitucionalidade de
todas as normas jurídicas ajuizadas”.
É importante destacar que, em decisão recente do Supremo Tribunal
Federal, os magistrados pacificaram o entendimento de os reajustes de
salários podem ser adiados por estados falidos, mas não cancelados. E
pelo que sabemos, o DF não está falido. Aliás, esse é outro grande
mistério desse governo: a verdade sobre o caixa do tesouro...
Sindicatos buscam união para o embate
O SindSaúde faz coro às reclamações de outras entidades e, acredita que
esse é um momento de dificuldade para todos os servidores, independente
da categoria. Será preciso a coesão nas ações, respeitando a autonomia
de cada entidade, para resitir e enfrentar esse ato de tirania
anunciado.
A falta de diálogo com os servidores é a marca dessa geração que
prometia "atitude para mudar"! O SindSaúde lembra que, os acordos para
incorporação da GATA, do pagamento da diferença da isonomia e da última
parcela do reajuste dos especialistas, concedidos por Agnelo Queiroz,
foram negociados desde 2011, e tinham previsão orçamentária.
“É uma péssima notícia para as categorias que estão desde 2013 sem
reajuste. Já são quatro anos sem recomposição salarial”, lembrou Marli.
Os sindicatos ainda estudam quais medidas tomar diante do que pretende o
Palácio do Buriti. “Estamos nos mobilizando, afinal, temos de lutar,
reagir, resistir”, disse a sindicalista.