Segunda, 21 de agosto de 2017
Para ter sucesso, o bando que hoje governa o Brasil, liderado por Michel Temer, provocou uma crise jamais vista
Brasil de Fato-Foto: Mídia Ninja
Blog do Sombra
Depois de um ano do afastamento de Dilma da Presidência, as forças
golpistas seguem destruindo o país. Para ter sucesso com o golpe de
Estado, o bando que hoje governa o Brasil, liderado por Michel Temer,
provocou uma crise econômica, política e moral jamais vista.
As Forças Armadas sequer têm dinheiro para garantir a segurança das
fronteiras do país. As universidades federais estimam que têm verba
somente até setembro. Os gastos sociais dos ministérios estão congelados
por 20 anos.
O desemprego cresce, principalmente entre jovens, mulheres, negros e no
Nordeste. Sob o governo Temer, mais de um milhão de beneficiários do
Bolsa Família foram excluídos do programa.
É a decisão que poderá condenar milhares de pessoas a morrerem de fome.
Enquanto isso, não falta dinheiro para comprar parlamentares e as-
segurar a impunidade de Temer.
Mas o golpe promovido pela mídia – leia-se, Rede Globo –, setores do
Poder Judiciário e dos partido políticos derrotados nas eleições
presidenciais de 2014 (liderados pelos tucanos) evidenciou outras
mazelas que exigem urgentemente reformas políticas para retomarmos o
caminho da democracia.
O Judiciário, com seus salários e benefícios obscenos e com atuação
partidarizada, não hesitou em violar leis para ser conivente com o
golpe. É preciso repensar esse poder para que ele realmente seja
identificado com os interesses do país e do povo.
Além disso, democratizar a comunicação é uma tarefa necessária e cada
vez mais urgente. O golpe também evidenciou a falência do sistema
político e partidário. E a gravidade da crise política exige uma nova
Assembleia Nacional Constituinte, exclusiva e soberana.
Essas mudanças passam pelo desafio de derrotar as forças reacionárias e
neoliberais em 2018. Precisamos eleger um governo identificado com os
interesses populares e com coragem e determinação para promover mudanças
estruturais.
Mas as mudanças exigem, também, o povo na rua, em luta. Afinal, a elite
econômica e política só atende os seus interesses particulares e do
capital internacional.
Por último, é preciso pensar o país além dos calendários eleitorais. É
necessário um projeto de desenvolvimento político e econômico de caráter
popular que assegure um país socialmente justo, democrático e
igualitário.
Edição: Vivian Fernandes