Quarta, 6 de setembro de 2017
O "socialista" (entre aspas, entre aspas) voltou a afirmar que: “Os dirigentes sindicais estão mentindo descaradamente. Estão
mentindo porque não interessa a eles resolver a situação dos servidores
públicos, pois eles só sobrevivem na dificuldade.”
Comentário do Gama Livre: O governador continua acreditando que pode tirar suas responsabilidades dos ombros e jogar sobre as costas do trabalhador, do servidor público. Os seus vergonhosos índices de aceitação apontam o contrário. Seus assessores ainda não o alertaram para sua fracassada campanha de desmoralização dos servidores públicos?
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Do Blog do Sombra
Rollemberg afirmou que dirigentes
sindicais e políticos estão mentindo por interesses particulares e não
estão focando no bem da cidade
Por Renaro Cardozo, da Agência Brasília
Na manhã desta quarta-feira (6), o governador Rodrigo Rollemberg voltou
a defender a aprovação do projeto de lei complementar (PLC) que
institui novo sistema de previdência para servidores públicos do
Distrito Federal. A votação no plenário da Câmara Legislativa foi
suspensa nessa terça-feira (5) por decisão judicial.
O chefe do Executivo afirmou que, com a aprovação, estarão garantidos
os pagamentos em dia de todos os servidores e aposentados e das empresas
terceirizadas e prestadoras de serviços; além da possibilidade de
voltar a quitar os salários no dia 30 de cada mês — atualmente é no
quinto dia útil do mês seguinte — e de depositar os salários de dezembro
até o dia 20.
“Não aprovar, permanecendo na situação de dificuldade financeira em que
estamos, é um risco grande de parcelamento e de atraso de salários. É
uma certeza que vamos atrasar o pagamento das empresas terceirizadas e
de fornecedores e prestadores de serviços”, garantiu o governador.
Debate honesto e profundo sobre a previdência
Rollemberg frisou a importância de um debate honesto e profundo sobre o
que realmente favorecerá servidores, terceirizados e população em
geral. “Os dirigentes sindicais estão mentindo descaradamente. Estão
mentindo porque não interessa a eles resolver a situação dos servidores
públicos, pois eles só sobrevivem na dificuldade.”
O governador de Brasília também citou políticos: “Tem muito pouco
político nesta cidade, e eu sou um deles, que pensa na cidade”.
Rollemberg lembrou que recebeu o Distrito Federal numa situação parecida
com a do Rio de Janeiro. Enquanto aqui muito foi feito, o estado
fluminense se encontra numa crise sem precedentes.
Ele citou o caso de Brazlândia, onde todas as crianças entre seis meses
e cinco anos estão matriculadas em creches. Sucesso que, segundo o
chefe do Executivo, não é visto nem em países desenvolvidos.
“Desconfiem desses políticos que estão pensando neles e em 2018. E vamos pensar na cidade”, ponderou Rollemberg.
Funcionamento dos fundos previdenciários
Atualmente, o Distrito Federal conta com dois fundos previdenciários para arcar com aposentadorias.
O financeiro fechou 2016 com um déficit de R$ 2,1 bilhões, e a previsão
é de encerrar 2017 com um saldo negativo de R$ 2,9 bilhões.
Nele, segundo o Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev),
há 52.336 servidores contribuintes e 58 mil aposentados e pensionistas.
Já o fundo capitalizado tem superávit de R$ 3,7 bilhões, porque 34.193
funcionários públicos contribuem, e apenas 152 são aposentados e
pensionistas.
Pelas regras atuais, o DF não pode utilizar o que sobra do capitalizado para cobrir o rombo do financeiro.
A fartura de um e a falta no outro decorrem da data de entrada dos
servidores na administração distrital. Quem passou em concursos após
2006 contribui para o fundo financeiro.
Como vão demorar para se aposentar por tempo de serviço, esses 34.193
servidores contribuem para o pagamento de apenas 152 pessoas,
normalmente aposentadas por invalidez.
“É um princípio da previdência: a solidariedade. Por que a contribuição
dos mais novos não pode ser usada para pagar os mais velhos?”,
argumentou Rollemberg.
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Comentário II do Gama Livre:
"Rollemberg frisou a importância de um debate honesto e profundo sobre o
que realmente favorecerá servidores, terceirizados e população em
geral."
Para de brincadeira, governador! Para de gozação!!!
Depois de acelerar, na CLDF, a tramitação do malfadado projeto referente ao Iprev, fazendo tudo para que aí NÃO HOUVESSE 'um debate honesto e profundo', só agora, depois da Justiça brecar o andamento da apreciação do projeto 'espanto', vem com esse lero lero de frisar a importância de um 'debate honesto e profundo'?
Quanto se são os dirigentes sindicais que 'estão mentindo descaradamente', prefiro ficar com a verdade reveladas pelas pesquisas. Fico com a voz do povo de Brasília, com a voz que ouvimos nas ruas. Aí sim, uma coisa honesta e profunda.