No dia 23 de agosto, o caudaloso leito
do rio Paranã ficou seco. Era possível
atravessá-lo a pé.
Entre os dias 23 e 24 de agosto, passado, o caudaloso rio Paranã teve seu leito seco. Era possível atravessá-lo a pé, nas imediações do município de São João da Aliança, em Goiás.

Por Chico Sant’Anna

O Vale do Paranã, de onde decolam os adeptos das asas deltas, é famoso dentre os místicos pelas supostas aparições de discos voadores e pela energia dos cristais. Por lá, também são achadas pictogrifos que deixam extasiados os pesquisadores. O mais recente mistério que encabula a todos é o desaparecimento, por 24 horas, das águas do Rio Paranã. Entre os dias 23 e 24, passados, o caudaloso rio teve seu leito seco. Era possível atravessá-lo a pé nas imediações do município de São João da Aliança, em Goiás.

O rio Paranã nasce no Planalto Central, nos arredores do município de Formosa. Um de seus tributários mais famosos é o rio Itiquira, conhecido dos brasilienses pelas numerosas quedas naturais. Ao chegar ao estado do Tocantins, ele se une ao rio Maranhão e juntos formam o rio Tocantins. Vídeos gravados por moradores da região mostram que a interrupção do curso das águas matou uma grande quantidade de peixes e de outras espécies do ecossistema aquático fluvial.