Sexta, 1º de agosto de 2017
Nesse casamento com Bolsonaro, Arruda escolheria o candidato a governador e ajudaria a montar as coligações locais
Por Andrei Meireles-Os Divergentes
e Blog do Sombra
José Roberto Arruda é um ficha suja histórico. Conseguiu sobreviver aos
escândalos nos primeiros governos Joaquim Roriz, chegou ao Senado como
uma estrela ascendente. Ali, se deslumbrou. Virou até parceiro do então
todo-poderoso Antônio Carlos Magalhães em uma conspirata.
Quando mais se achava rei da cocada, ele teve que renunciar ao mandato
ao ser flagrado como um dos protagonistas, junto com ACM, de uma fraude
no painel eletrônico do Senado.
Com sua lábia e inegável talento, Arruda conseguiu novas chances até se
eleger governador do Distrito Federal. Voltou a delirar. Sonhou com
voos bem maiores do que suas próprias asas.
De novo foi flagrado em seu jeito bipolar de fazer política. Pregava
uma coisa e fazia outra. Apareceu recebendo e pagando propina. Tudo
filmado. Foi preso, cassado.
Por qualquer critério, virou peça fora de qualquer jogo.
Mesmo assim, como o franco atirador de sempre, arriscou e se candidatou em 2014 ao governo do DF. Até liderou as pesquisas.
Como era previsível, ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Quem o conhece sabe que, mesmo com o revés, não desistiu.
Quer ser protagonista, de alguma maneira, nas eleições em Brasília em
2018, mesmo pelas regras atuais não poder concorrer a cargo algum.
Mantém a ousadia de sempre. Cisca daqui e dali. Sua principal paquera é
Jair Bolsonaro. Arruda quer ser seu parceiro em Brasília, ser dono do
PEN, Partido Ecológico Nacional, uma sigla em mutação pela qual
Bolsonaro concorreria ao Palácio do Planalto.
Nesse casamento com Bolsonaro, Arruda escolheria o candidato a governador e ajudaria a montar as coligações locais.
A conferir.