Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Presidenciáveis ou quase presidenciáveis, cometeram tantos erros, que abriram as portas do Planalto para nomes indesejáveis

Quinta, 28 de setembro de 2017
Do Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa

Por
Helio Fernandes
Tudo o que estamos, vendo, vivendo, assistindo, lamentando e sofrendo, começou com a ambição desvairada de FHC. Patrocinado pela Fundação Ford, financiado por altos empresários, comprou a reeleição, a primeira da República.

Se não fosse esse crime, estaria havendo eleição de 4 em 4 anos. (Que na Tribuna impressa eu defendia que deveria ser de 5 anos, como passou a ser a partir de 1945, com o fim do Estado Novo, e a primeira eleição direta, depois de 56 anos da República).
Depois do retrocesso administrativo, FHC implantou o retrocesso político eleitoral. Sem reeleição não teriam surgido Dilma e Temer. Em 1998 Lula teria sido eleito, cumprido 4 anos históricos e até épicos, voltado para casa sem ter cometido o grande erro da sua vida, pelo qual paga até hoje, e continuará pagando impossível dizer até quando.

Lançou a medíocre, incompetente e desconhecida Dilma Housseff, e aceitou como contrapeso, o aventureiro e oportunista Michel Temer. Mesmo que não tivesse um candidato do PT, Lula voltaria em 2006, glorificado e engrandecido.

Com 8 anos para cada presidente, a incompetência e a corrupção se alastraram, implantando essa calamidade que ninguém sabe como terminará.

O PSDB de "reeleito" FHC foi o mais atingido, perdeu 4 vezes seguidas a presidência. Desde 2002, Aécio Neves, com 42 anos(está com 57) era candidato, que eu passei a chamar na Tribuna de "jovem presidenciável, que jamais será presidente".

Nessa primeira tentativa foi suplantado por Serra, que exigiu: "o candidato serei eu, estou com 60 anos, é a minha última oportunidade".

Aécio foi recusado em 2006 e 2010, sentiu que sua vida era uma droga. Por exclusão foi candidato em 2014. Mas desandou de tal maneira, que acabou afastado do mandato (ontem), em prisão domiciliar, e sem esperança nem mesmo de um mandato de deputado. Se ficar em liberdade, pode considerar um lucro.

Idem, idem para alguns, vários, muitos, cuja carreira os colocava na condição de presidenciáveis agora estão presos à espera de condenação, ou já condenados, e distantes da liberdade. Sem ordem hierárquica, podem ser citados, estes que inacreditavelmente, desperdiçaram o passado, o presente e o futuro.

Poderiam se engrandecer e servir ao país, o que demonstravam pelo sucesso político e eleitoral que ostentavam. Vejamos a lista desses insensatos.

Dirceu, Sergio Cabral, Eduardo Cunha, Palocci, o próprio Aécio, Serra, e podem acrescentar outros nomes. O suicídio político e eleitoral desses abriu caminho pelo menos para 3, que tentam se firmar e se afirmar no cenário.

Tão ruinosos e destruidores para o país, que me recuso a citar o nome deles.

TODOS QUEREM SOCORRER AÉCIO

O presidente está mobilizando os mais diversos setores, para que o senador do PSDB,  seja salvo, recupere o mandato. Objetivo do presidente corrupto: não perder o voto dele, e mais importante, manter o partido contra a segunda  denúncia da PGR, referendada pelo Supremo.

Mais grave mas não surpreendente: o Ministro Marco Aurélio, em pleno mar, jogou uma boia gigante para que o senador não se afogue. Textual e ostensivo: "O SENADO pode rever a decisão do Supremo e devolver o mandato a ele".

Nem textual nem ostensivo, deixando entrever o que talvez  seja feito: o próprio ministro, na Turma, mudando o 3 a 2,  ou no plenário. Não custa lembrar, que há meses, num pedido igual da PGR, o relator era o mesmo ministro, que arquivou o pedido.