Segunda, 23 de outubro de 2017
Uma
curiosidade inacreditável: do PMDB, os que não morreram estão presos, ou a um
passo de irem para a cadeia. A começar pelo próprio Temer, seguido por
estes correligionários: Eliseu, Moreira Franco, Geddel, Henrique Alves, Eduardo
Cunha, Renan, Jucá, Lobão, Eduardo Braga, e vários amigos de Temer que tiveram
que ser afastados.
Por Hélio Fernandes
Apenas um
deles não é deputado. Mas ocupa altíssimo cargo financeiro na própria Câmara,
operando e movimentando somas enormes de dinheiro. Mas jamais foi acusado
publicamente de qualquer irregularidade.
O
mais notório, reincidente e indefensável, é o Geddel. Quando a
conspiração Temer-Cunha levou o primeiro ao Planalto, a formação do ministério começou
por Geddel. E os dois se atropelaram verbalmente para fazer a mesma confissão: "Somos
amigos há mais de 30 anos". Riram, se abraçaram, mas logo veio a
crise. Que exigiu a demissão do "amigo" e do ministro da Cultura.
Acusado,
foi interrogado, o juiz afirmou: "Ele é um criminoso em série". Acertou.
Veio aquela fantástica exibição das malas com 51 milhões, que revoltaram a
comunidade nacional. Era tão estarrecedor e assombroso, que sem
condenação, foi preso e enviado diretamente para a Papuda. (O que deveria
ter acontecido com Eike, Nuzman e muitos outros).
Agora,
entrou com HC, afirmando que está sendo injustiçado. A PGR Rachel Dodge fulminou:
"Não pode ficar em liberdade. É o líder de uma organização
criminosa". É o que deve prevalecer. O irmão deputado está sendo
investigado. O irmão funcionário, um mistério.
PS- Temer
apavorado, que o "amigo de 30 anos", faça delação.
O EMPRÉSTIMO DE AÉCIO
As cartas
de leitores, geralmente são lições de sabedoria e bom senso. Na Tribuna, passei
para duas paginas diárias, que respondia pessoalmente, dialogo insuperável.
Constatem esta, de leitor desconhecido, se identificar, receberá aqui mesmo os
royalties e agradecimentos. Textual .
"Se
eu fosse senador, governador eleito e reeleito de Minas, tivesse tido quase 50
milhões de votos para presidente da República, e precisasse de 2 milhões
para pagar um advogado, procuraria o gerente de um Banco, e não o dono de um
frigorífico".
MAGISTRAL. Apareça,
leitor.
serginho cabralzinho filhinho: 100 anos de
condenação
No dia 11
deste outubro, revelei: está condenado a 59 anos de prisão. Até fevereiro,
deverá receber mais duas condenações, chegando ou até ultrapassando os 100
anos. Anteontem outra condenação de 13 anos, pulou para 72. Ainda é réu em
15 processos, pode ir mais longe
do que o ex-médico Abdelmassi, com 181 anos.
Para
agravar a situação, serginho não tem elementos para fazer delação. Alguns
bandidos enriquecidos (como o corrupto criminoso Jonas Lopes), se oferecem para
"entregar" o ex-governador. Já aposentado com 30 mil mensais, Jonas
Lopes devia estar na Papuda, de acordo com sua própria confissão. Junto com Geddel.
Delação de Geddel, nada a temer
Não é um
jogo de palavras, e sim a constatação de um pânico localizado e nada
silencioso. O amigo de 30 anos não gostou de ser demitido (sacrificado), junto
com o ministro da Cultura, para tranquilidade do presidente. Mas não podia fazer
nada, a não ser mostrar insatisfação.
Os fatos
se agravaram com a delação do doleiro Funaro, que contou: "Fui 6 vezes a
Salvador me encontrar no aeroporto com Geddel, levando para ele, malas de
dinheiro". Quando essas malas assombraram o país todo se
materializando naqueles 51 milhões, Geddel jogou a culpa no próprio presidente.
Mas diga-se
a bem da verdade: ninguém podia socorrer Geddel, nem um presidente acusado e
desmoralizado. E o fato era tão degradante e desmoralizante, que Geddel
foi preso e enviado diretamente para a Papuda. Sem sequer ter sido
condenado. Entrou com HC, queria ajuda do presidente junto à PGR. Nada.
Revelei
duas vezes que Temer comentou com Moreira Franco e Eliseu, "o perigo
que vinha dos lados do "amigo" de 30 anos. Anteontem, começou, Geddel
confessando, "fui nomeado para diretor da Caixa Econômica, por indicação
de Temer". Nenhuma novidade. Nem na indicação, nem nessa pré-delação.
Aproveitando
a velocidade, Geddel confessou que realmente se encontrou no aeroporto
de Salvador várias vezes com Funaro, mas o doleiro não levava malas, nem
conversaram sobre negócios ou dinheiro.
PS- Que
Republica! Ha!Ha!Ha!
O PMDB no banco dos RÉUS, O PSDB fingindo ter apenas um RÉU
Depois
da inovação estapafúrdia e inédita, um ditador (Castelo Branco) "eleito"
pelo Congresso, a realidade autoritária: a permissão de 2 partidos. A ARENA, do
governo. O MDB, supostamente de oposição. EM SP, esse MDB fez acordo para uma
oposição "consentida", com aval do doutor Ulisses. Podiam ir até
certos limites.
Salvaram-se
os "autênticos", bravos deputados, que faziam oposição de verdade.
Foram todos cassados. No Rio, metade resistência, (o meu grupo, Mario Martins,
Marcio Moreira Alves, Hermano). O outro, adesista, comandado por Chagas
Freitas, que conseguiu ser "governador" duas vezes: 70 a 74, 78
a 82.
Depois da
farsa da "anistia, ampla, geral e irrestrita" (referendada pelo
Supremo), foram permitidos vários partidos, todos começando com P. Pegaram o
MDB, colocaram o P na frente, se transformou em PMDB. Veio o que poderia ter
mudado tudo, "diretas, já". E o acordo, na direta, o candidato seria
Ulisses, na indireta, Tancredo.
Faltaram
24 votos, Tancredo foi eleito, morreu, surgiu a catástrofe Sarney, que
dura até hoje. Aí foi convocada a importante Constituinte de 1988.
Vários candidatos a relator, o mais apressado, FHC, do majoritário PMDB.
Derrotado
por Bernardo Cabral, começou a mostrar insatisfação com alguns correligionários,
já falava em fundar outro partido.
O PMDB, esfacelado se divide em PSDB
FHC
apareceu como líder do novo partido, deu entrevista, explicou: "Não posso
pertencer ao mesmo partido do LADRÃO (textual, não usou nem eufemismo) Orestes
Quércia. Bafejado pela sorte, houve o impeachment de Collor, assumiu Itamar,
cometeram o erro de tentar intimidá-lo, ele patrocinou e elegeu FHC, cujo
mandato de senador terminava em 1994, tinha duvidas em relação à reeleição.
Mas foi
presidente e comprou a reeleição. Na época, a opção mais famosa foi a de
Michel Temer, que ficou 'solidário' com Quércia. Outros também ficaram com o governador
Quércia. Mas o felizardo de verdade, foi o próprio Temer. Depois de 25
anos é presidente da República, tendo sido esses anos todos, presidente do PMDB. Não
escapará de jeito algum, embora na quarta-feira, a oposição não chegue nem
perto dos necessários e indispensáveis 342 votos.
Uma
curiosidade inacreditável: do PMDB, os que não morreram estão presos, ou a um
passo de irem para a cadeia. A começar pelo próprio Temer, seguido por
estes correligionários: Eliseu, Moreira Franco, Geddel, Henrique Alves, Eduardo
Cunha, Renan, Jucá, Lobão, Eduardo Braga, e vários amigos de Temer que tiveram
que ser afastados.
PS- No
antigo e comprometido PSDB, jogam toda a culpa em Aécio Neves. São 43
deputados, quase todos cúmplices por ação ou omissão.
PS2- É
lógico que Aécio não merece a liberdade. Mas dos 43, pelo menos 20 ou 21 que
apoiam Temer, não deveriam poder exercer os mandatos.
PS3- Que
desonram e desonraram...
Temer, escandalosa e vergonhasamente, escancarou o balcão da corrupção
Faltam 72
horas para o presidente que usurpou o cargo e se mantém no poder sem eleição,
obtenha a segunda "vitória". Usa e abusa dos recursos do contribuinte
para impedir os 342 votos necessários. Se o mais alto tribunal do país
cumprisse integralmente sua obrigação, Temer teria sido afastado na primeira
deníncia.
Estabelece
a Constituição: "O Presidente da Republica, eleito pelo SUFRÁGIO POPULAR,
só poderá ser investigado com autorização da Câmara dos Deputados". Temer
está no poder através de uma conspiração parlamentar, executada junto com o
parceiro de roubalheira, Eduardo Cunha. E com a omissão cúmplice dos plenários.
Primeiro,
da Câmara, depois, do senado. Política e eleitoralmente, Temer nem sabe definir
o que é SUFRÁGIO POPULAR.
Sua
determinação de usar de todos os modos, o dinheiro do cidadão contribuinte, deu
certo na primeira denúncia, agora ampliou de forma criminosa e
espantosamente sem escrúpulos o que considerou indispensável para continuar no
poder. Agora, sem limite algum, estarrecendo a opinião pública. E os próprios
companheiros. Vejamos e citemos, com o maior constrangimento.
PS- Sem
ordem de entrada em cena, comecemos com o mais degradante, deprimente e
revoltante, que o esdrúxulo FHC, chamou de "ATO DESASTRADO". A
proteção ao trabalho escravo, o fim da fiscalização. Para Temer, trabalho
escravo só se caracteriza, desde que exista "cárcere privado".
Executou
essa barbaridade através de uma simples portaria. E para atender uma exigência
da bancada ruralista. Dizem que tem 200 deputados, são mais ou menos 150,
só precisa de 171 para derrotar a dignidade. Mas a PGR já pediu para
anular a portaria amaldiçoada. Se não anular, a PGR pode tomar providências.
PS2-
Conversou várias vezes com o ex-deputado Waldemar Costa Neto, do PP (Como
partido, o primeiro a ser enquadrado na Lava-Jato). Esse ex-deputado foi
condenado pelo mensalão ficou inelegível. E está sendo investigado pela
Lava-Jato.
Ele não
pode ocupar cargo, mas controla o voto dos 37 deputados desse corrupto PP. Só é
chamado de ex-deputado. Quem é mais abominável? Temer, Costa Neto ou os 37 deputados que
cumprem ordens? De qualquer maneira, o deputado cassado por corrupção, garantiu
suas exigências, em relação aos aeroportos.
PS3- Assim, Temer ultrapassa facilmente os 171 votos, enquanto o Supremo se mantém em silêncio.
*Matéria pode ser republicada com citação do autor
Do Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa