Por
Cuidado com a Avianca
No
dia 19/10/17, último, embarquei em Brasília com destino ao Rio de
Janeiro (Galeão) no voo 6219 da Avianca. O avião chegou ao destino com
pouco atraso, mas minha mala não apareceu. Contatada a empresa,
descobri, mais de uma hora após o desembarque, que minha mala
simplesmente havia sido extraviada. A funcionária que me atendeu fez-me
preencher um ‘Registro de irregularidade de bagagem’ com a promessa de
que me telefonaria dando alguma notícia ainda no correr daquela noite.
De fato, um pouco depois das 23 horas recebo a bela notícia: a mala
havia sido localizada. Estava em Brasília, isto é, não havia sido
embarcada com o passageiro, e, ainda naquela noite chegaria, no Rio, no
aeroporto Santos Dumont, e na manhã seguinte, sexta-feira, 20, seria
entregue na minha residência. Passou-se porém a manhã dessa sexta-feira
sem nenhuma ligação da empresa e foram vãs as centenas de tentativas
minhas de estabelecer um contato. Nenhum dos telefones fornecidos
atendia. Veio a surpresa com o chamado da Infraero, ‘serviço de achados e
perdidos’, informando que ‘uma mala com uma etiqueta com meu nome e
telefone havia sido encontrada no banheiro masculino da praça de
alimentação’ do aeroporto Santos Dumont. Pedi que a transportadora fosse
avisada e, ansioso por recuperar a mala, fui ao aeroporto recolhe-la.
Encontrei-a aparentemente intacta. Mas, ao abri-la, descobri que havia
sido furtado, pois me haviam surrupiado dois HDs e outros objetos
valiosos. O larápio (como esse alguém teve acesso à mala?) deixara
apenas as roupas usadas e os livros.
Até
este momento a Avianca não tem o que dizer-me, enquanto um serviço de
atendimento automático, dela, na Internet, repetia, até ontem, a velha
informação.
Roberto Amaral
*Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia