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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Mapa mostra situação da violência contra idosos no Distrito Federal

Terça, 31 de outubro de 2017
Da Agência Brasil
Julia Buonafinna *
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) divulgou nessa terça-feira (31), a terceira edição do Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa do Distrito Federal (DF). O balanço revela resultados positivos. Em 2016, foram registradas 1.157 denúncias de violência contra idosos no DF, contra 1.097 registradas em 2015, 60 casos a menos.

As regiões administrativas do DF que mais se destacaram em relação à violência contra o idoso foram  Ceilândia, com 16,4% dos casos;  Taguatinga, com 10,9%; e Brasília [Plano Piloto], com 10,3%. Essas regiões juntas concentram quase 38% das denúncias. As regiões com menor índice de denúncia são Park Way, com 0,70%, Sudoeste/Octogonal, com 0,38% e Varjão, com 0,18%.

Os dados ainda mostram que 59,1% dos casos de violência contra idosos são causados pelos próprios filhos e 11,6%, por outros membros da família. De acordo com a promotora Sandra Julião, uma forma de auxiliar no combate a esse tipo de violência foi a criação da Delegacia do Idoso.“A denúncia do idoso exige uma oitiva e um acolhimento especializado”, disse.


O Poder Judiciário irá atuar por meio de um Núcleo de Mediação, para facilitar o diálogo e restabelecer vínculos familiares, e por meio de ações judiciais, que não são propostas só por meio da Defensoria Pública e Ministério Público, mas também pelos próprios idosos.

De acordo com a juíza Monize Marques, em 2016 a Central Judicial do Idoso recebeu, aproximadamente, 2,500 mil denúncias. Dessas 2,5 mil, ou 80%, não foram judicializadas. “Nós consideramos um avanço grande, já que a pessoa idosa não gosta de acionar o Judiciário”, disse a magistrada.

De acordo com os dados do Censo 2010, no Distrito Federal existiam mais de 197 mil pessoas idosas, ou seja, 5,4% da população. As projeções para 2020 e 2030 apontam para um aumento entre 10,4% e 15% dessa população.

* Estagiária sob a supervisão do editor Augusto Queiroz