Por ANDRÉ MOREAU*
A
chuva não foi suficiente para impedir a mobilização de milhares de
eleitores que aguardaram pacientemente que os centros de votação fossem
abertos às nove horas, para sob aplausos e muita emoção, receber outros
apoiadores do Referendo de Independência, mesmo tendo que enfrentar
ataques policiais, sabotagens na internet, mas com firmeza e sem perder a
ternura.
O
referendo de independência da Catalunha (1), marca a insatisfação dos
catalães com o sistema excludente do imperialista Mariano Rajoy que não
admite a independência, apesar de se auto proclamar um democrata. A
truculência imperialista ordenada por Rajoy, no entanto, revelou o seu
nível: um ditador de república bananeira.
Seguimentos da guarda civil
e da polícia nacional atacaram o povo que exercia pacificamente o
direito democrático de escolher o seu futuro
Até
o encerramento desse artigo, foi constatado que quatrocentos e sessenta
(460) pessoas foram brutalmente feridas e ou intoxicadas nos ataques
imperialistas. Há diversas imagens disponíveis na "Internet", apesar da
sabotagem junto a grande rede, que registram a ação dos policiais
fascistas do imperialista Mariano Rajoy, contra os independentistas: a
golpes de cassetes na cabeça de pessoas idosas; arrastando jovens por
escadas; provocando fraturas em centenas de eleitores que tentavam com
diálogo impedir a invasão a colégios eleitorais por parte dos gorilas
que usaram marretas nas respectivas invasões, para recolher urnas cheias
e lacradas.
A "democracia" espanhola
Un
grup de desenes d’antiavalots de la policia espanyola ha irromput a la
plaça de l’ajuntament d’Aiguaviva (Gironès) quan la gent que s’aplegava
al col·legi electoral que hi havia instal·lat allà feia un dinar de
germanor. Tot era ple de famílies, amb canalla i gent gran; la gent ha
alçat les mans i s’ha mantingut immòbil, quan els agents els han atacat a
cops de porra i després amb el llançament de gas lacrimogen.
O
clima truculento carrega o "modus operandis" da Operação condor
implantada na América Latina: as ordens na tentativa de algemar as
mentes dos eleitores catalães, partiram do tribunal espanhol, ordenando o
confisco do material eleitoral, o fechamento das escolas onde o
processo de votação ocorreria, mas de acordo com noticiários anteriores,
a violenta repressão foi tramada por Mariano Rajoy com o presidente
racista, Donald Trump que enviou um navio cargueiro, para Catalunya, com
dezenas de veículos, centenas de armas, bombas com diferentes tipos de
gás e mercenários fantasiados de policiais, mas encapuzados
desrespeitando tratados internacionais de direitos humanos.
Cumpre
ressaltar que a maioria dos agentes públicos da Guarda e do Corpo de
Bombeiros apoiou a convocação do Referendo Independentista, convocado
pelo Governo da Catalanya.
Um número ainda não revelado de eleitores catalãs, ainda que feridos, foram presos pelos citados elementos encapuzados.
Devemos
questionar diante da opinião pública o que Mariano Rajoy e Donald
Trump, pretendem fazer com o povo catalão que não admite viver
acorrentado por imperialistas fracassados.
Guarimberos fardados
É esse o "modus operandis" dos imperialistas que se auto-proclamam "democratas", de garantir justiça?
Os
imperialistas pensam em manter a decisão de aplicar multas pesadas
objetivando amedrontar os membros da organização do Referendo de
Independência?
Ou
é mais rentável, dar as costas de vez para a democracia e declarar
guerra contra o povo da Catalunya, justificando com mentiras repetidas
que o direito do povo decidir o seu futuro, é um ato terrorista?
*
Via e-mail / André Moreau, é Coordenador-Geral da Pastoral IDEA,
Professor, Jornalista, Diretor do IDEA, Canal Universitário de Niterói,
Unitevê, Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fonte: Tribuna da Imprensa Sindical
Fonte: Tribuna da Imprensa Sindical