Júlio César Reis, informa que a situação é preocupante, mas que a estatal está com todos seus pagamentos a fornecedores e servidores em dia. “Em 2018, vamos tirar a Terracap do vermelho” – promete. Foto de Chico Sant’Anna.
A empresa vai priorizar o patrimônio já existente. Produto novo mesmo, somente a Etapa 2 do Taquari 1, conhecida como Serrinha do Paranoá. “Já está pronta para ser vendida” – diz o presidente da Terracap.

Por Chico Sant’Anna

Tradicional financiador dos projetos de urbanização e de investimentos no Distrito Federal, a Terracap vai ter que ir a mercado captar R$ 80 milhões para financiar a elaboração de novos projetos imobiliários no Distrito Federal. É a primeira vez que isso acontece. A situação financeira da empresa repercute em projetos tocados pelo GDF, no primeiro semestre de 2016, ela só pode repassar ao governo R$ 1,604 milhão – recurso que mal dá para construir um centro de saúde, e em 2017, R$ 3,694 milhões. Para se ter uma ideia, esses repasses, em 2012, representaram R$ 460 milhões (R$ 412 milhões só para o Mané Garrincha).
Em entrevista exclusiva a esse jornalista, o presidente da empresa, o engenheiro agrimensor Júlio César Reis, informa que a situação é preocupante, mas que a estatal está com todos seus pagamentos a fornecedores e servidores em dia. “Em 2018, vamos tirar a Terracap do vermelho” – promete.
O balanço com o resultado financeiro do primeiro semestre de 2017 aponta que houve uma perda de receita na venda de imóveis e de outros serviços de 43,45%, quando comparado ao mesmo período de 2016. Foram R$ 74.134.043,00, em 2017, contra 131.102.221,00, no ano anterior. Uma receita a menor da ordem de R$ 57 milhões. No mesmo período, as despesas cresceram 13,82% pulando de R$ 125,2 milhões para R$ 219,5 milhões. A diferença entre receitas e despesas vem sendo cobertas pelas gorduras acumuladas na empresa. “Essa gordura agora acabou” – informa Júlio Reis.