Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 9 de dezembro de 2017

Senado derruba Portaria 61/2015 do Ministério da Saúde e Secretaria da DF se cala se rede do DF está apta a atender aumento na demanda de mamografia a mulheres mais jovens

Sábado, 9 de dezembro de 2017

Saúde do DF se cala sobre nova portaria do Ministério da Saúde

Do SindSaúde
Por Lurian Leles // Imagens: Peter Neylon 
 
Pasta não respondeu se rede do DF está apta a suportar aumento na demanda com extensão de mamografia a mulheres mais jovens

O Senado derrubou a Portaria 61/2015, do Ministério da Saúde, que recomendava exames de mamografia somente a partir dos 50 anos, e determinou que mulheres de 40 a 49 anos também passem pelo teste. Apesar de ser necessário o acesso ao exame o quanto antes, na prática, a medida esbarra em um problema vital: a rede pública mal suporta os atendimentos atuais.

“É preciso que, para expandir o número de mamografias, o governo antes pense em dar celeridade ao serviço, providenciar mais mamógrafos, mais profissionais de saúde para auxiliar nos exames. Não basta determinar sem dar condições”, avalia a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

A portaria do Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam exames a cada dois anos, seguindo o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Histórico - Não é de hoje que o SindSaúde denuncia casos relacionados à mamografia no DF. Em dezembro do ano passado, o sindicato mostrou que um tomógrafo no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) ficou quebrado por mais de seis meses (clique aqui para ver). No Hospital de Base, a presidente do sindicato Marli Rodrigues encontrou outro tomógrafo escondido em um compartimento do ambulatório(clique aqui para ver). Após as denúncias, o governo autorizou contratos de manutenção preventiva e corretiva em equipamentos da Siemens.

Em nota, a Secretaria de Saúde (SES-DF) afirmou ter finalmente zerado a fila de mamografias, com média de 2 mil exames ao mês. Das doze máquinas distribuídas nos hospitais, duas estão em manutenção. Questionada se a rede do DF está preparada para o aumento da demanda com a extensão do serviço a mulheres mais jovens, a Pasta, no entanto, não se posicionou.