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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Rollemberg inaugurou hoje (18/1) Unidade Básica de Saúde (UBS) faltando servidores

Quinta, 18 de janeiro de 2018
Do SindSaúde
Unidade não tem Agentes Comunitários de Saúde suficientes para atender a demanda; sem contratação desde 2011, falta de profissionais da categoria é generalizada na rede
A maquiagem do governo na saúde pública do Distrito Federal segue de vento em popa. O governador Rodrigo Rollemberg inaugurou a 12º Unidade Básica de Saúde (UBS) nesta quinta-feira (18/01), em Samambaia Norte, mas sem servidores suficientes.

A unidade começa com algumas defasagens. Uma delas é a falta de Agente Comunitário de Saúde (ACS), que faz o cadastramento de moradores que estão na área de atendimento. Esta UBS tem a previsão de atender 28 mil pessoas. Levando em conta que cada equipe cuida de 3.750 pessoas, estão previstas sete equipes. Cada equipe tem nove servidores, ou seja, a UBS precisa ter 63 servidores, dentre eles 35 ACS, mas somente 28 estão escalados.

O problema não é isolado. Há falta generalizada de agentes comunitários em toda a rede do DF. O último edital para concurso de agentes é de maio de 2009, sendo a última contratação realizada em 2011. Uma média de seiscentos servidores foi convocada à época. Em março de 2016, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) propôs ação civil pública contra o Distrito Federal para que realizasse imediatamente concurso para o cargo.

Atualmente, há 1.070 agentes. No portal Agência Brasília, o governo declara que são 506 equipes, sendo necessários 2.530 ACS. Com isso, há um déficit de 1.460 trabalhadores, indicando que não há cobertura de 63%, como propagam Rollemberg e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca.

“Não adianta o governador querer tampar o sol com a peneira, sem servidores suficientes, inaugurar unidades é só para que o governo aparente estar fazendo algo. O déficit de agentes, assim como de tantos outros profissionais, é uma ferida imensa dentro da Secretaria de Saúde e nada tem sido feito para que seja curada”, critica a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

Sem odontologia
Além disso, alguns atendimentos que ainda não começaram a funcionar, como na odontologia, por exemplo, onde os agendamentos só se iniciam daqui a duas semanas.