Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Justiça decreta prisão preventiva de integrantes dos Bombeiros e empresários

Quinta, 8 de fevereiro de 2018
Do MPF
Segunda fase da operação é deflagrada; investigações foram realizadas em conjunto pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal

Atendendo a requerimento do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco e a representação da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal decretou a prisão preventiva do ex-comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão (CBMMA), João Vanderley da Costa, além do assessor jurídico Manoel Henrique de Lima e do tenente Augusto Cutrim. Também tiveram a prisão decretada os empresários Ricardo José Padilha Carício, Ítalo Henrique Silva Jaques, Rafaela Carrazzone da Cruz Gouveia Padilha, e o lobista Daniel Pereira da Costa Lucas.
Investigações realizadas em conjunto pelo MPF, PF, Controladoria-Geral da União e Receita Federal evidenciaram que os empresários prometeram e efetivamente pagaram vantagem indevida ao então comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Maranhão e aos demais oficiais. A intenção era fazer com que eles adotassem providências necessárias para que o CBMMA firmasse dois contratos, para fornecimento de filtros e cestas básicas, com a empresa FJW da Cunha Filho Alimentos, administrada pelos empresários, e, em seguida, desviassem mais de R$ 5 milhões em favor dessa pessoa jurídica, mediante pagamentos superfaturados por bens que não foram entregues em sua totalidade.

Também foi determinada a busca e apreensão na residência dos envolvidos e na sede do CBMMA. Atendendo ao requerimento do MPF, o juízo da 13ª Vara Federal também decretou o sequestro dos bens dos envolvidos até o limite do dano causado, estimado em pouco mais de R$ 8 milhões. 

Os mandados estão sendo cumpridos por policiais federais e auditores da CGU. Caso condenados, os investigados estarão sujeitos a penas de 6 a 27 anos de prisão, pagamento de multa e perda dos cargos públicos.