Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

"Não resolve os problemas sociais", diz coordenador do Viva Rio sobre intervenção

Sexta, 16 de fevereiro de 2018
Do Jornal do Brasil

Na prática, a intervenção federal no Rio de Janeiro tira a questão da segurança das mãos das polícias e passa a ser exercida pelo Exército, na avaliação do coronel Ubiratan Ângelo, coordenador de Segurança Humana do Viva Rio. A nomeação do general Walter Braga Neto como interventor, segundo Ubiratan, tem como objetivo restaurar a ordem no Estado do Rio, mas "não resolve os graves problemas sociais", alerta. Ele atribui a escolha do militar ao fato de ele ocupar atualmente o Comando Militar do Leste.
Perfil
Se o grande problema das forças que atuam na segurança é a falta de integração, este pode não ser o caso do escolhido para intervir no setor no Estado do Rio de Janeiro. O general Walter Braga Neto é considerado parceiro das polícias locais, em consequência de sua liderança no planejamento da segurança das Olimpíadas Rio, em 2016. Em setembro deste mesmo ano, ele foi nomeado Comandante Militar do Leste. A confiança não se restringe a seus pares."O general Braga Neto conhece profundamente a realidade dos estados sob a jurisdição do Comando Militar Leste. É um militar preparado, que tem se distinguido em sua carreira”, definiu o ministro da Defesa, Raul Jungmann. 
O general Walter Braga Neto assume a segurança pública no Rio de Janeiro
O general Walter Braga Neto assume a
segurança pública no Rio de Janeiro
Mineiro de Belo Horizonte, Braga tem desempenhado funções sobretudo no setor operacional, apesar de seu perfil de combatente. Atuou no serviço de inteligência do Exército, comandou o 1º Regimento de Carros de Combate, chefiou o Estado-Maior da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e o Comando Militar do Oeste.Comandou ainda a 1ª Região Militar,em Marechal Hermes. Ostenta 23 condecorações nacionais e quatro estrangeiras. 
Braga Neto assume a área de segurança do governo do Estado, antes sob o comando do governador Luiz Fernando Pezão, que concordou com a decisão tomada pelo governo federal.