Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Rollemberg passa o trator por cima da Saúde Mental

Quinta, 1 de fevereiro de 2018
Do SindSaúde

Por SindSaúde DF 
Imagens: Peter Neylon 

Servidores e população protestam contra reestruturação de Instituto de Saúde Mental do Riacho Fundo; SindSaúde aponta para sinais de terceirização do serviço.

Como já é de praxe da gestão, mais uma decisão truculenta e sem debate com os principais envolvidos está mexendo com a saúde da população. Servidores e pacientes do Instituto de Saúde Mental (ISM), no Riacho Fundo, temem pelo fechamento do local com a reestruturação da administração local. A possibilidade vem aliada com à Ordem de Serviço Nº 16, da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde, publicada no Diário Oficial do DF (DODF) na última terça-feira (30), que cria uma comissão para determinar como será essa mudança, porém, sem estabelecer representantes na unidade.

em área nobre, de valor histórico e com 32 hectares, não é de se espantar que o ISM seja alvo de cobiça. Há informações de que o governo pode usar o espaço para futuras instalações da Superintendência Centro-Sul. “Irão remover servidores, deixar pacientes a mercê comprometer um serviço que funciona muito bem, obrigado, para abrigar os engravatados do governo Rollemberg”, critica a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

Outra forte hipótese é a da terceirização. A ordem de serviço prevê a instalação da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, mesmo modelo operante na cidade de São Paulo, onde os Centros de Atenção Psicossociais (CAPs) são geridos por organizações sociais. “Rollemberg quer ser o novo Dória e entregar tudo aos empresários”, avalia Marli.

Servidores estão preocupados com a situação, pois o ISM é unidade de referência para os próprios CAPS. “O SindSaúde seguirá de olho nesta situação. Já lutamos contra a terceirização e as OSs antes e agora não será diferente”, garante.

O caminho da terceirização

O SindSaúde avalia a situação como uma abertura de campo para a terceirização. Primeiro, se retira a administração e alguns servidores que fazem ponte entre ela e o atendimento, burocratizando e alterando a rotina do serviço. Tarefas simples como limpeza, escalas e organização do serviço ficam complicadas sem um gestor presente. Com as dificuldades estabelecidas – o governo aponta a terceirização como uma solução.

Nesta sexta-feira (02), a partir das 9h, o SindSaúde estará novamente ao lado dos servidores em manifestação na porta do Instituto de Saúde Mental, no Riacho Fundo I.