Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 18 de maio de 2018

“Brasília está abandonada e maltratada”

Sexta, 18 de maio de 2018


do
Brasília Capital
entrevista da série com candidatos a senador


Pré-candidato ao Senado Chico Sant’anna (PSol) diz que a cidade perdeu a chance de expandir o metrô e de começar a implantar o VLT, e defende “a volta da educação de qualidade de antigamente”


Carioca, mas cidadão brasiliense desde os primeiros meses de vida, o pré-candidato ao Senado Chico Sant’Anna (PSol) tem entre suas bandeiras a mobilidade urbana, a preservação da histórica qualidade de vida em Brasília e a volta dos padrões de Educação e Saúde Pública do passado. “Brasília está abandonada”, diz ele ao analisar o momento político atual. Formado em jornalismo pela UnB, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF e ex-vice-presidente da Fenaj, Sant’Anna é a favor de sindicatos fortes que defendam os interesses dos trabalhadores, ainda mais depois da reforma trabalhista; e que é contra a privatização da Saúde no DF, “por tirar dinheiro do SUS”. Defende a expansão do metrô para outras cidades-satélites e, se eleito, promete abrir mão do salário de senador. Filho de engenheiro civil e de professora de idiomas, pioneiros, formou-se pela UnB e concorre ao Senado pela segunda vez. Nesta entrevista ao Brasília Capital, ao ser questionado sobre a fake news espalhada pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF) a respeito da morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), em março, avalia que “o mais grave é ele querer jogar Marielle no lixo, como se diminuir os valores de Marielle, justificasse o assassinato”.
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O senhor tentou se eleger senador em 2010 e deputado distrital em 2014 e não conseguiu. Quais experiências adquiriu nas duas campanhas e por que acha que deve representar Brasília no Congresso Nacional? – Em 2010 foi uma eleição para dar visibilidade ao Psol, numa missão de fazer um debate no cenário local. Foi uma campanha paupérrima. Arrecadamos entre amigos apenas R$ 11 mil e tivemos 17 mil votos, enquanto outras coligações tiveram apoio de grandes empreiteiras e grandes empresários. O PSol nunca aceitou doação de empresas. Isso fez a diferença naquela época. Em 2014, não consegui êxito, para a CLDF, mas foi importante no sentido de nos inserirmos socialmente. Foi uma campanha difícil. Posso afirmar que a campanha para distrital é a mais difícil no DF, pela quantidade enorme de candidatos para poucas vagas e pouca visibilidade na mídia. E sem dinheiro torna-se ainda mais difícil. Porém, mais uma vez foi importante para colocar nossa proposta como diferencial para a cidade. Minha campanha hoje é importante porque nossos parlamentares federais esqueceram de um papel fundamental, que é o de fiscalizar. Diariamente vemos parlamentares de outros estados brigando por seus estados. Não vemos isso com os parlamentares de Brasília. Sofremos uma crise da falta de emprego, a saúde está um caos, assim como a educação e a segurança pública. Nossos parlamentares federais parecem ignorar tudo isso.
O senhor é um defensor do meio ambiente e da preservação da história de Brasília. Qual sua avaliação sobre a preservação da cidade e o que propõe para essa área?