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(Millôr Fernandes)

sábado, 26 de maio de 2018

Vamos ajudar Mateus. Se depender só do governo, ele pode morrer

Sábado, 26 de maio de 2018
A mãe do pequeno com ajuda do Metrópoles quer arrecadar R$ 100 mil para pagar o tratamento do filho na rede privada

                                                                         IMAGEM CEDIDA AO METRÓPOLES

Do Metrópoles
Fernando Caixeta

A cada dia que passa, Larissa Ferreira da Silva, de 21 anos, vê o estado de saúde do filho piorar. O recém-nascido tem uma malformação cardíaca e a mãe perdeu as esperanças de conseguir a cirurgia para o menino pela Secretaria de Saúde. Agora, ela tenta com ajuda do Metrópoles arrecadar R$ 100 mil para pagar o tratamento do filho na rede privada.

Mateus nasceu no último dia 17 e precisa de um cateterismo e cirurgia de urgência. O defensor público que representa a família conseguiu uma ordem judicial obrigando o DF a providenciar o transferência para o Instituto de Cardiologia do DF (ICDF) ou arcar com os custos na rede privada. Quase 10 dias depois, o recém-nascido segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), onde sobrevive com auxílio de aparelhos e fortes medicações.

Segundo Larissa, de ontem para hoje, Mateus piorou. “Tiraram um dos aparelhos e ele reagiu mal. A Defensoria está tentando obrigar o GDF a fazer a transferência de alguma forma, mas eles disseram que essa burocracia pode demorar até 48 horas. Nós não temos esse tempo”, diz.

Além do recém-nascido, Larissa é mãe de um menino de 2 anos e precisa se revezar no cuidado do filho mais velho e acompanhar o caçula na UTI. Moradora de Planaltina, ela está desempregada e não consegue arcar com os custos da cirurgia em um hospital particular.

“Se a gente tentar o tratamento por fora, não tem problema para conseguir leito. Os hospitais particulares dizem que não tem como transferir, mas sabemos que é porque o governo não paga e, por isso, não querem receber pacientes do SUS”, critica.

Nos primeiros momentos de vida, Mateus não apresentou os sintomas que hoje complicam o estado de saúde dele. O menino chorou ao nascer, estava corado e conseguiu mamar. Também não tinha problemas com as necessidades fisiológicas. “Mas há alguns dias ele não consegue fazer xixi nem cocô. As medicações são muito fortes, já estão deixando de fazer efeito e não podem aumentar a dose, porque já está no máximo que ele aguenta”, diz.

Outro lado
A Secretaria de Saúde informou que o menino está inscrito para cirurgia cardíaca e internação em UTI, caso seja liberada vaga para o procedimento no Instituto de Cardiologia. “A Central de Regulação mantém ativas as buscas junto ao ICDF para o paciente ser atendido o mais rapidamente possível”, destacou a pasta.

Em nota o ICDF informou que dispõe de oito leitos de UTI Cardiopediátrica regulados para atendimento da Secretaria de Saúde do DF e realiza em média 18 procedimentos por mês.

“A gestão da fila de pacientes internados em UTI que necessitam desse tipo de tratamento é de responsabilidade da própria Secretaria de Saúde, através da Regulação de Leitos de UTI, que encaminha os pacientes assim que informados da disponibilidade e que, no momento, não há disponibilidade nos leitos”, destacou o instituto, em nota.

Como ajudar
As doações podem ser feitas diretamente na conta ou pelo telefone da mãe de Mateus.
Beneficiária: Larissa Ferreira da Silva
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0973 013
Conta Poupança: 00083082-0
Contato: (61) 99678-4369