Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 29 de junho de 2018

A Luta pela Verdade

Sexta, 29 de junho de 2018
Também, vivendo ao tempo da Inconfidência Mineira, [Bolsonaro] mais facilmente se aliaria a Joaquim Silvério dos Reis do que a Tiradentes, pois aquele representava o poder opressor, colonial, hoje representado pelo capital financeiro e pelos órgão de estado dos Estados Unidos da América (EUA).

Por 
Pedro Augusto Pinho


A LUTA PELA VERDADE

O domínio do sistema financeiro internacional, a banca, sobre todas as atividades humanas, entre outros e grandes malefícios, empoderou também a fraude e as deturpações como instrumentos da comunicação de massa.

Os caros leitores que tiveram o deleite literário de percorrer a “História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em Portugal”, do historiador e romancista português, Alexandre Herculano, verificaram que, sob o manto da defesa da fé e do combate à depravação moral, com opressão e crueldade, foram os inquisidores e seus patronos os espoliadores de propriedades e assaltantes dos  bens.

Do século XIV ao XIX – o Tribunal do Santo Ofício foi formalmente extinto em 31 de Março de 1821 – quantas inocentes vidas foram perdidas e quantas fortunas, pelos saqueadores no poder, mudaram de mãos.

Não foi inteiramente diferente o período que o nazismo tomou conta de parte da Europa Ocidental. Também aqui, na América do Sul, já se desvenda a fortuna do corrupto carrasco chileno Augusto Pinochet Ugarte, traficante de drogas, em suas três contas em paraísos fiscais e propriedades fundiárias, no Chile e no estrangeiro.

O terrorismo e a tortura que o agente Moro promoveu em Curitiba já começa a sair pelo ladrão (ups!). São, inclusive, apropriações de dinheiro público que, com falso zelo, ele simula defender.

Há um “mar de cumplicidades”, como dizia Leonel Brizola. A tal ponto que dois jornalistas, residentes no exterior, colocam fogo nesta palha seca que é a justiça que se corrompe, tanto ou mais do que qualquer outro poder da República, e apontam mais do que erros, crimes.

E se torna difícil, com a didática colonial obnubilando, desde o berço, a visão de todos os brasileiros, buscar, no meio de um fogo cruzado, a verdade.

Na guerra é voz corrente que a primeira vítima é a verdade. Nossa batalha, no Brasil, minha luta é pela soberania do País e pelo seu povoamento por cidadãos, não por escravos nem fantoches.

Pouco me importa se venha do partido A ou B, do político C ou D, mas, como é óbvio, não se pode esperar a soberania nacional dos tucanos, do PSDB, lacaios defensores dos interesses estrangeiros e do Estado mínimo. Nem a cidadania, dos ruralistas, escravistas, do DEM, nem dos banqueiros do PP, assim como dos pastores e bispos neopentecostais do PRB (Partido Republicano Brasileiro), do PSC (Partido Social Cristão), PSDC (Partido Social Democrata Cristão), PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), que não acreditam no evangelho de Jesus Cristo, pois continuam usando o templo para mercadejar.

No perfil dos partidos e políticos que nos restaram, perseverando ainda hoje na militância, as opções são poucas.

Esta precariedade justifica a análise da excelente jornalista, Tereza Cruvinel, na sua coluna do Jornal de Brasil de 03/03/2018, afirmando que “eles voltarão”. Aqueles que nos humilharam como brasileiros, nos fizeram retroceder anos e séculos com suas práticas absolutistas, velhacas e obscurantistas.

Temo, como outras vezes assinalei, a revolta da população, como um animal acuado. Tenha o objetivo dos que desejam a guerra civil (não se estaria se preparando para isso o mais recente ministério?) e instalar nova ditadura no Brasil, ou de trazer a guerra para nosso subcontinente americano (veja a visita do vice presidente estadunidense), atendendo à banca no projeto de reduzir a população mundial.

Lembre caro leitor, o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo medida e reconhecida.

Tratemos de uma farsa: a candidatura Bolsonaro.

Neste colonizado Brasil, ou você luta pela independência, pela Pátria Livre, ou bate continência à bandeira estadunidense. São incompatíveis a defesa da soberania nacional e a sujeição aos interesses estrangeiros.

Acaso o prezado leitor se vê, cuspindo no chão, espancando (estuprando) mulheres, (matando) crianças, (desrespeitando e menosprezando) idosos, sendo conhecido como provocador no bar da esquina? Ou, ainda, se orgulhando da ignorância sobre o Brasil, após 27 anos no Congresso Nacional. Ou é impermeável a qualquer conhecimento ou passou este tempo de político, como tantos outros, vendendo seu voto, buscando vantagens pessoais, ou a espoliar o povo brasileiro.

Imagine Bolsonaro vivendo por volta de 1430. Ele, certamente, se oporia a Gutenberg porque estaria tirando o monopólio eclesiástico do conhecimento que garantia à Igreja o poder absoluto, sem contestação, de seu diálogo com as forças divinas (!). Também, vivendo ao tempo da Inconfidência Mineira, mais facilmente se aliaria a Joaquim Silvério dos Reis do que a Tiradentes, pois aquele representava o poder opressor, colonial, hoje representado pelo capital financeiro e pelos órgão de estado dos Estados Unidos da América (EUA).

Os textos divulgados por sua campanha não incluem uma única proposta afirmativa; é um rosário de contras e de nãos. Ele é contra isso, aquilo, aquele ou aqueloutro. Parece ser apenas favorável a si mesmos e a seus filhos que já colocou na política, para enriquecer, como a si próprio. E não se arvore de ser contra corrupção, quem recebe suborno de empresas fabricantes de arma, de grandes monopólios privados, para os beneficiar, com voto, na aprovação ou rejeição de leis.

Portugal, que tanto vem encantando a burguesia, a classe média que odeia pobre, está agindo no sentido oposto ao do discurso bolsonâmico. Está acolhendo as diferentes opções sexuais, religiosas, étnicas e, assim, aumentado, num país de pouca população e recursos naturais limitados, o fluxo monetário que dinamiza seu comércio, incentiva sua indústria e cresce economicamente.

Se o caro leitor é um empedernido direitista, e não lhe tolho ou pretendo convencê-lo a não o ser, escolha um candidato que tem um projeto de Brasil.

Um projeto que venho atacando em meus artigos, mas que, sendo da vontade da maioria da população, o acatarei: o neoliberal. E que para executá-lo tem competência, conhecimento de vários anos à frente do Instituto Atlântico, e seriedade: Paulo Rabello de Castro.

Mas se meu leitor for de centro ou da esquerda, há outras e melhores opções, onde, por óbvio, não incluem o corrupto Geraldo Alckmin, o Ministro de Temer e títere dos bancos, Henrique Meirelles, ou a candidata de bancos ingleses e do Itaú, Marina Silva.

Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado