Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 26 de agosto de 2018

Unicef quer crianças no centro das atenções eleitorais

Domingo, 26 de agosto de 2018
Do Blog Brasília, por Chico Sant'Anna

O Unicef aponta que a pobreza ainda é uma realidade para 61% das crianças e adolescentes do Brasil, apesar da ascensão social de parte da sociedade nas últimas décadas. Foto de Ivaldo Cavalcante

Diante de um quadro de miséria, muitas crianças se viram forçadas a trabalhar prematuramente. No ano passado, o universo de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que estavam na labuta diária somou 2,67 milhões. Pouco menos do que toda a população do Distrito Federal.

Por Chico Sant’Anna
As crianças não votam, mas o Fundo das Nações Unidas para as Crianças e Adolescentes – Unicef quer coloca-las no centro das atenções dos candidatos das eleições de 2018. Para tanto, lançou uma plataforma de desafios e metas para que os candidatos assumam como compromisso e, se eleitos, implementem em seus mandatos. A grande maioria dos pontos fala direto com programas sociais e, por consequência, se choca com as limitações orçamentárias impostas pela PEC 95, denominada PEC do Fim do Mundo, pela qual o governo Temer congelou até 2022 os investimentos em Saúde, Educação e Segurança.

Pobreza
A plataforma destaca seis áreas em que é preciso intervir. Entre elas, o Unicef aponta que a pobreza ainda é uma realidade para 61% das crianças e adolescentes do Brasil, apesar da ascensão social de parte da sociedade nas últimas décadas. Para esse cálculo, o Unicef considerou não apenas as crianças e adolescentes que vivem em residências com renda insuficiente, mas também aquelas que não têm acesso à educação de qualidade, informação, saneamento, água segura para consumo, moradia adequada e proteção contra a violência.