Desrespeito e humilhação aos pacientes do HRG
O governador do
DF, Rollemberg, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, o superintendente de
Saúde da Regional Sul (Gama e Santa Maria), nomeado recentemente também secretário-adjunto
de Assistência à Saúde, Ismael Alexandrino Júnior, estiveram no dia 2 de março
reabrindo o Pronto Socorro Infantil (PAI) e a Pediatria do Hospital Regional do
Gama (HRG). Muito discurso para comemorar a reabertura de serviços que jamais
deveriam ter fechado. Teve até placa para comemorar a reativação dos serviços.
Discursos, entrevistas, palmas.
Muita festa, mas logo no primeiro dia de funcionamento não havia médicos suficientes para atender a demanda. Horas e horas foram gastas por mães e crianças para terem um atendimento.
Muita festa, mas logo no primeiro dia de funcionamento não havia médicos suficientes para atender a demanda. Horas e horas foram gastas por mães e crianças para terem um atendimento.
No dia seguinte,
foi divulgado na imprensa como uma grande coisa o atendimento, no PAI/Pediatria,
de cerca de 60 crianças pelos médicos Humberto Fonseca e Ismael Alexandrino.
Que bonito! Secretário e gestor colocando a mão na massa. Na massa, não. Nas
nossas crianças.
O secretário
havia garantido que os novos pediatras permitiriam uma escala adequada, mas os
dois gestores citados no parágrafo anterior chegaram a atender cerca de seis dezenas de
pacientes. E olha que eles não fazem parte da equipe da área de pediatria e
pronto atendimento infantil. Um indicativo de problemas no setor. Ou foi apenas
uma peça publicitária?
Servidores do HRG assinalam que os dois poderiam ter aproveitado o tempo para tomar pé da dramática situação vivida pela Obstetrícia do hospital. Pela Obstetrícia, não. Pelos pacientes do setor. Um descalabro, na opinião de alguns funcionários. Não mais do que 30 metros separa o PAI da portaria da Obstetrícia.
Servidores do HRG assinalam que os dois poderiam ter aproveitado o tempo para tomar pé da dramática situação vivida pela Obstetrícia do hospital. Pela Obstetrícia, não. Pelos pacientes do setor. Um descalabro, na opinião de alguns funcionários. Não mais do que 30 metros separa o PAI da portaria da Obstetrícia.
Hoje, sábado
(11/3), este descalabro caiu na rede, tomando a forma de imagens. Pelos grupos
de WhatsApp fotos do caos, do absurdo, que se verifica no setor de Obstetrícia.
E o relato dramático e indignado de servidores.
Com o também
absurdo fechamento da Obstetrícia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a
obstetrícia do HRG superlotou. Além do mais, ainda segundo fontes de dentro do
hospital do Gama, faltam materiais. E espaço, macas, para a acomodação das
mulheres que tiveram seus bebês, bem como para acompanhantes.
E ainda mais,
segundo as denúncias, mães e bebês chegam a ficar 48 horas e até 72 horas mal
alojadas, em cadeiras desconfortáveis, ou ocupando com outras mães leitos, a
espera de alta médica. E ficam por tanto tempo, à espera de exames que não
acontecem.
É o caos!
É o caos!