Está em curso mais uma maldade do Governo Rollemberg contra as populações do Gama e Santa Maria.
A Secretaria de Saúde do DF vai fechar o Centro Obstétrico (CO) do Hospital Regional do Gama. Chegou-se a aventar a alternativa de se cerrar (com c) as portas do CO de Santa
Maria. Mas pelo que aconteceu ultimamente, inclusive na última reunião entre as equipes dos dois hospitais, o fechamento será no HRG.
Lembremos que o GDF no final de
2016 fechou o PAI (Pronto Atendimento Infantil) do HRG. Depois, por pressão da
comunidade, que chegou a fazer passeatas, reabriu em fevereiro. Menos de dois meses após a abertura houve novo fechamento. É uma gestão fechadora de serviços da rede
pública de saúde.
O principal motivo que se alega para fechar o Centro Obstétrico do HRG é
a falta de equipes médica e de enfermagem para a realização dos cerca de 700
partos por mês que as duas unidades realizam. Só no Gama são em torno de 500 mensais.
A precariedade do Centro
Obstétrico do Gama revela o total colapso que chegou a unidade com a gestão da
saúde do DF.
Informações dão conta que, por inúmeras
vezes, nem um banho é possível a parturiente tomar. E como se não bastasse esse
absurdo, nesta sexta-feira, ontem, (14/7) —segundo informações passadas ao Gama Livre— completou
uma semana que nenhum pediatra visita a enfermaria para dar alta às mães e aos seus
bebês. Isso demonstra um desrespeito do governo às parturientes e aos bebês,
além de acarretar um custo maior dos serviços e, também, a ocupação
desnecessária de leitos que podem fazer falta a outras pacientes. Mas a responsabilidade não deve recair sobre os ombros dos pediatras. Se o quadro é insuficiente, a responsabilidade é de quem? Do governo do DF.
Já o Centro Obstétrico de Santa
Maria também não fica atrás. Os lençóis e as roupas usadas pelas pacientes não
estão sendo lavadas no HRSM. Este trabalho ocorre nos hospitais do Gama,
Paranoá ou outro hospital que aceite lavá-las. Esse fato chegou a ser objeto de
matérias em blogues, sites, jornais, emissoras de rádio e de TV.
Após serem lavadas, as roupas são
colocadas em sacos, todas misturadas, e transportadas para Santa Maria por
funcionários do hospital. Em seguida são separadas e dobradas, mas sem serem mais passadas a ferro. Ficam amarrotadas, claro que bem menos
do que a imagem do governo quanto à desastrosa gestão da saúde.
Estima-se que no Centro Obstétrico do Gama são
necessários cerca de 42 pediatras, fora a equipe de enfermagem, que ultrapassa
esse número.
Uma das três reuniões realizadas
com as equipes das unidades de saúde das duas cidades para tratar dos centro obstétricos dos dois hospitais, aconteceu nesta
quinta-feira (13/7). Nela as equipes foram orientadas a
comunicar a população que o CO do Gama será fechado até o final de julho para
reformas que o transformará em Casa de Parto, devendo TODAS as pacientes serem
encaminhadas para a unidade de saúde de Santa Maria que tem instalações mais
novas. Tal encaminhamento dos pacientes atuais, bem como o encaminhamento de pacientes que batam à porta do HRG para parir, será mais um transtorno para a população, pois não há
ambulâncias disponíveis para fazer a transferência.
Ficou bem claro na mente de todos os
participantes da reunião de ontem (13/7), mesmo sem que houvesse alguém
gravando alguma coisa “nessa porra” (humm!!! Perdão, leitores, por reproduzir o palavrão. Mas, ressalto, o original não foi meu), que a decisão da Secretaria de Saúde do
governo Rollemberg é fechar até o final deste mês de julho o Centro Obstétrico
do HRG. A mulher que quiser parir, que vá parir no HRSM ou em outra freguesia,
decidiu o governo.
Ah! Em reuniões semelhantes a essa acontecida na última quinta (13/7), sempre alguém propõe que haja um "discurso alinhado". Mas o necessário, e republicano, é que sejam alinhados —o discurso e as ações— somente aos interesses da população, das necessidades das parturientes do Gama e, claro, às necessidades dos nossos queridos e amados bebês.
Ah! Em reuniões semelhantes a essa acontecida na última quinta (13/7), sempre alguém propõe que haja um "discurso alinhado". Mas o necessário, e republicano, é que sejam alinhados —o discurso e as ações— somente aos interesses da população, das necessidades das parturientes do Gama e, claro, às necessidades dos nossos queridos e amados bebês.
Tudo leva a crer que esta
orientação passada (mas possivelmente nem gravada, mesmo que num simples smartphone) à equipe das duas unidades de saúde (HRG e HRSM) falta com a verdade. Explica-se:
1) Uma Casa de Parto requer um
número muito maior de equipe de enfermeiras obstetras e de neonatal, cerca de
90 profissionais que realizarão os partos
2) Existem alguns casos de impedimentos
para a mulher ter um bebê em uma casa de parto. Dentre tais impedimentos aponta-se as situações em que há gravidez gemelar (de gêmeos), bebê pélvico
(sentado), gestante com pressão alta, diabetes, cesária prévia.
3) Grande parte das gestantes que
se encontram na área da chamada Região de Saúde Sul, especialmente aquelas que não moram na área urbana do Gama, não fazem o pré-natal completo,
fator fundamental para a identificação da existência, ou não, dos impedimentos
descritos acima (no parágrafo anterior).
4) O Centro Obstétrico do Hospital Regional de Santa
Maria só possui 12 camas de parto, podendo ser ampliadas para 16. A média de partos diária das duas cidades é
de 23. Mas há dias, claro, que ocorrem um número maior de partos. Em outros dias, um número menor. O que a
equipe de atendimento fará quando chegarem ao HRSM, por exemplo, 50 gestantes?
Seria muito bom se o secretário de
Saúde e o próprio governador do DF respondessem essa pergunta. Mas, claro,
sem blá blá blá. Ótimo seria também se o Ministério Público do DF fizesse tal
pergunta ao governo.
Parturientes e seus bebês merecem respeito! O povo exige respeito!
Parturientes e bebê unidos, jamais serão vencidos!
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Os links a seguir foram incluídos nesta postagem em 26/11/2017.
Parturientes e seus bebês merecem respeito! O povo exige respeito!
Parturientes e bebê unidos, jamais serão vencidos!
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