Sexta, 28 de fevereiro de 2025
Militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB), conhecidos popularmente como "pracinhas", que combateram o nazismo e o fascismo na Europa durante a 2ª Guerra Mundial - Arquivo HIstórico do Exército (AHEX)
Enquanto o carnaval se aproxima e nos preparamos para os blocos e desfiles, o ano de 2025 está repleto de datas que também merecem celebração. Há 80 anos, uma coalizão de países que defendia valores básicos se juntava para esmagar o nazifascismo e libertar a Europa e o mundo das teorias políticas e sociais mais assustadoras e abjetas que já tivemos conhecimento. Era o final da Segunda Guerra Mundial.
No dia 9 de maio, data em que comemoramos a capitulação da Alemanha nazista, veremos mais uma vez o tradicional desfile na Praça Vermelha de Moscou, na Rússia, que perdeu milhões de vidas em combate e foi peça fundamental para tomar Berlim. Meses antes, em 27 de janeiro, os mesmos soldados do Exército Vermelho libertaram o campo de concentração de Auschwitz, local tão simbólico do inimaginável horror nazista.
Já nós, brasileiros, demos a nossa contribuição à luta antifascista e cerramos combate em regiões inóspitas na Itália. No dia 21 de fevereiro, celebramos os 80 anos da vitória em Monte Castelo, na Estrada 64, passagem que foi fundamental para chegar à cidade de Bolonha e liberar a região da presença nazista.
Ali, 74 brasileiros morreram para que a vitória pudesse ser alcançada após quatro meses de combate e duas tentativas frustradas de tomar o monte. Importante destacar o caráter popular desses combatentes, os “pracinhas”, cujo legado o historiador José Luiz Del Roio defende que deveria ser reivindicado pela esquerda brasileira.