Sexta, 3 de dezembro de 2010
Da coluna Em Tempo, do jornalista Alex Ferraz, na Tribuna da Bahia, hoje
Leonel Brizola cantou a pedra
A propósito de comentários feitos ontem nesta coluna, recebi telefonema do amigo Alexandre Brust, presidente do PDT baiano e da Companhia Baiana de Pesquisas Minerais e correligionário e grande amigo do saudoso Leonel Brizola. Falava eu sobre a responsabilidade de todos nós diante da corrupção e da violência que assolam o País e isto fez Brust lembrar que, em 1983, quando assumiu o governo do Rio de Janeiro, Brizola “colocou a boca no trombone” alertando para a necessidade de vigilância rigorosa nas fronteiras brasileiras, pois, dizia Brizola, “o Brasil não tem plantação de coca nem fábricas de armas, então a droga e os fuzis vêm de fora.” O então governador do Rio chamava a atenção para a dificuldade de se encontrar armas e drogas depois que elas entrassem nas então cerca de 200 favelas do Rio. Não deu outra e o resultado, 27 anos depois, foi a necessidade de uma verdadeira operação de guerra para atacar apenas um dos redutos do tráfico de drogas no Rio.
A propósito de comentários feitos ontem nesta coluna, recebi telefonema do amigo Alexandre Brust, presidente do PDT baiano e da Companhia Baiana de Pesquisas Minerais e correligionário e grande amigo do saudoso Leonel Brizola. Falava eu sobre a responsabilidade de todos nós diante da corrupção e da violência que assolam o País e isto fez Brust lembrar que, em 1983, quando assumiu o governo do Rio de Janeiro, Brizola “colocou a boca no trombone” alertando para a necessidade de vigilância rigorosa nas fronteiras brasileiras, pois, dizia Brizola, “o Brasil não tem plantação de coca nem fábricas de armas, então a droga e os fuzis vêm de fora.” O então governador do Rio chamava a atenção para a dificuldade de se encontrar armas e drogas depois que elas entrassem nas então cerca de 200 favelas do Rio. Não deu outra e o resultado, 27 anos depois, foi a necessidade de uma verdadeira operação de guerra para atacar apenas um dos redutos do tráfico de drogas no Rio.
Lembra ainda Brust que Brizola já se preocupava, e muito, em acentuar a presença do Estado nas favelas do Rio, inclusive criando os famosos Cieps, que depois foram extintos (!) pelo seu sucessor, Moreira Franco. Pondera Brust: “Se os Cieps tivessem sido mantidos, muito provavelmente a maioria desses bandidos de hoje não teria chegado ao crime.” Além dos Cieps, Brizola também construiu postos de saúde nos morros. Finalizando, o presidente do PDT baiano conta que Brizola já afirmava, naquela época, que, nos morros, a Polícia só pegava as “piabas”, porque “os grandes traficantes estão é na Vieira Souto e Avenida Atlântica, onde Polícia só entra com mandado judicial.”