Segunda, 1 de agosto de 2011
Da Pública
A
história não contada sobre como o ex-ministro da Produção e recente
candidato fujimorista, Rafael Rey, utilizou consultores e um informe,
pagos pelos maiores empresários pesqueiros, para elaborar a norma mais
importante do lucrativo setor. Adivinhem quem aumentou seus lucros.
Por Milagros Salazar, do IDL-Reporteros
No mar peruano, a espécie mais caçada do mundo, a anchova, segue alimentando fortunas fabulosas. Apenas 1% da cota anual de anchovas no país está valorizado em 100 milhões de dólares, ou seja, uma cota de 10 bilhões de dólares.
Por isso, nos últimos anos, o mar se congestionou com mais de 1.200 embarcações para capturar a maior quantidade de anchovas nas então breves temporadas de pesca. Era uma anarquia flutuante que exigia uma regulação imparcial do Estado.
Porém, a norma que reformou o setor teve um problema: os interessados mais poderosos foram os que pagaram o estudo que fundamentou a lei. Além disso, os consultores dos pesqueiros terminaram atuando como assessores do então ministro da Produção, Rafael Rey. Como foi o acordo? Quem pagou? Eis a história
Em abril de 2007, iniciou-se outra temporada de pesca em Chimbote. Para os empresários mais importantes do setor, o fedor de peixe podre era melhor que o aroma de rosas. Ao mesmo tempo, foi o ano em que esses empresários puseram em marcha um plano para proteger seu negócio regulando o altamente rentável setor.
Leia mais.